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quinta-feira, 10 de março de 2011

Pense Nisso...Gastei R$ 163,60 com a volta às aulas

Escrito por Claudia Visoni em 8 de fevereiro de 2011.

Resolvi fazer a contabilidade financeira e ambiental dos materiais escolares dos meus filhos.

Como no ano passado, o grupo de pais ao qual pertenço organizou um esquema de reaproveitamento de material e uniformes escolares. Desde dezembro, coletamos doações de livros didáticos e paradidáticos, uniformes e fichários. Alguns dias antes da volta às aulas montamos a barraca da Troca Solidária em plena escola, ao lado do local onde estavam sendo vendidos os materiais novos para 2011.

Com isso, consegui gastar bem pouco. O valor total da lista seria R$ 250 para cada filho, totalizando R$ 500, sem contar uniformes. Paguei apenas R$ 30. Para economizar esses R$ 470, eles continuaram com os fichários e pastas do ano anterior e até mesmo os cadernos tipo brochura que estavam pela metade passaram de ano (simplesmente retiramos as folhas utilizadas). Uniformes que ficaram pequenos procuraram novos donos na barraca da Troca Solidária, onde retirei gratuitamente as mesmas peças em tamanho maior, doadas por outros alunos.

Estojos foram lavados e cada item examinado. Apontamos lápis, limpamos borrachas, verificamos apontadores e canetinhas coloridas, colocamos grampo nos grampeadores, reforçamos a identificação nas tesouras e voilá! Só precisou comprar 5 novos lápis grafite para cada.

Mochilas iniciaram seu terceiro ano letivo. Como a do Alex estava com o zíper arrebentado, paguei R$ 60 pela colocação de um fecho reforçadíssimo. Caro, né? Também achei, pois tudo conspira para que a gente jogue fora as coisas. A mão de obra dos consertos se tornou rara e enfia a faca. Mesmo assim insisti, pois sou contra a cultura do descartável.

Os estojos de inglês continuaram sua carreira, assim como o estojo de escola do Alex. Julieta sonhava com um maior e lindo, de marca que faz sucesso com os pré-adolescentes. Custou R$ 149, mas não entra na conta porque foi o único presente de Natal que lhe demos.

Até o 6º ano, o colégio das crianças só adota conteúdo didático produzido internamente. Os únicos livros são o dicionário e o atlas, reaproveitados do ano anterior. As apostilas custam cerca de R$ 700 anuais por aluno, cobrados em boletos semestrais que ainda não apareceram por aqui.

Contabilizando tudo, ficou assim:
• 3 cadernos – R$ 30
• 10 lápis pretos – R$ 20 (5 para cada criança, de ótima qualidade, custando R$ 2,00 cada)
• 1 saia-shorts para Educação Física – R$ 20 (modelo novo, ainda não disponível no brechó)
• 4 tubos de cola em bastão – R$ 33,60 (2 para a escola e 2 para o estojo do curso de inglês)
• Conserto de mochila – R$ 60
Total – R$ 163,60

Agora a contabilidade ambiental: tirando as canetinhas que secaram, a produção de lixo foi zero. As apostilas e os desenhos que vêm da escola eu guardo ano após ano. Quando crescerem, meus filhos poderão escolher o que querem como lembrança. E eu garanti um estoque de papel de rascunho até o ano 2050. Quando chegar aos 70 anos de idade quero anotar recados no verso das pinturas que os filhotes fizeram no maternal. Já pensou que luxo?

Nem sempre é fácil convencer as crianças e bancar entre os amigos a reutilização das coisas. O ambiente é consumista e eles às vezes sentem vergonha por não exibir coisas novíssimas e traquitanas Made in China que piscam e apitam. Preciso agir com suavidade, respeitando um ou outro desejo pelo supérfluo. Mas nossa família não abre mão do consumo consciente.

Fonte: Blog Simplesmente

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