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segunda-feira, 22 de março de 2010

Ambiente ideal para os estudos

Veja como construir um ambiente ideal de estudos

Detalhes como iluminação, conforto, barulho e até mobília influenciam

Como estudar com qualidade? A questão é pouco detalhada do ponto de vista do ambiente ideal. Ou seja, o lugar em que os estudantes possam absorver a quantidade de conteúdos necessária para o ingresso na faculdade ou na preparação para testes e avaliações, seja na graduação ou pós. O que é melhor: estudar no quarto ou longe da cama? É bom ler no computador ou ficar longe dele? De que forma, televisão, rádio, barulho e até a mobília do local pode afetar o esforço de um estudante que se esforça para aprimorar seu conhecimento? Há indicativos de que tão importante quanto organizar o tempo de estudo, é determinar o melhor local para fazer isso.

"A aprendizagem não é desenvolvida num vácuo. O processo é influenciado por contexto pessoal, social e até pelo espaço físico", explica Mauricio Peixoto, líder do Grupo de Aprendizagem e Cognição da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Segundo ele, o estudo pode ser favorecido ou até mesmo prejudicado por elementos externos como iluminação, ventilação, ruídos e cores. "Esses são alguns dos fatores capazes de colocar em xeque a concentração e, conseqüentemente, a produtividade do processo", aponta ele.

Fernando Becker, professor de psicologia da educação da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), partilha da opinião de Peixoto e garante que o simples cuidado com a escolha do local de estudo pode influenciar diretamente o rendimento das horas investidas nos livros e fazer toda a diferença. "Geralmente os ambientes inapropriados - escuros, frios ou barulhentos - causam desconfortos físicos, que geram estresse ao organismo humano e não favorecem o funcionamento do cérebro. Minimizam ainda o período de produtividade e antecipam o estado de fadiga", diz ele.

Não há regras, no entanto, para a construção de um ambiente ideal. É o que enfatiza o pesquisador da UFRJ. "Esse local deve respeitar o estilo pessoal do aprendizado do estudante. Enquanto o silêncio pode ser essencial para uns, para outros ele pode provocar inquietação. Há alunos que rendem mais se estudar sentados na tradicional escrivaninha, outros se concentram melhor na cama ou até mesmo caminhando", compara Peixoto, que aposta no processo de flexibilização e personalização.

Renan Soares Mendes Teixeira da Cunha, psicólogo do ProEstudo/UFSCar (Programa de Capacitação Discente para o Estudo da Universidade Federal de São Carlos), também aposta no autoconhecimento. "Testar as diversas opções é a melhor maneira de saber qual delas se encaixa a suas necessidades. Se o silêncio atrapalha, que tal ouvir uma música instrumental e leve. Agora, se o barulho é que atrapalha, é possível recorrer ao protetor auricular", afirma ele. Mas ainda que não haja regras, Cunha recomenda lugares frescos, arejados, bem iluminados e razoavelmente silenciosos. "Independente do local, é fundamental que as distrações sejam mínimas", alerta ele.

Entretanto, independentemente do perfil do estudante, é preciso evitar os exageros e as situações extremas. "Nada de ambiente excessivamente luminoso ou sem luminosidade, muito frio ou quente, com ruídos em excesso, tampouco estudar de barriga cheia ou vazia", recomenda Peixoto. "Como dizem os budistas: 'a virtude está no meio'. Priorize uma situação de conforto", acrescenta o pesquisador da UFRJ.

Caso não haja um espaço adequada na própria casa do estudante, Alessandra Venturi, coordenadora-geral do cursinho da Poli, orienta para a busca de um caminho alternativo. "Há algumas escolas e cursos preparatórios que, mesmo no período de recesso, mantém espaços de estudos abertos durante o dia. Recorrer a um deles pode ser ainda mais produtivo do que ficar em casa e ser interrompido constantemente com os problemas domésticos", diz ela, que também sugere o estudo em bibliotecas municipais e estaduais.

Publicado em 07/12/2009 por Larissa Leiros Baroni

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