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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Feng-Shui_Mais Harmonia no quarto das crianças

Não tem jeito: criança rima com bagunça. O problema é que as técnicas de harmonização de ambientes pedem ordem e limpeza absoluta. Saiba aqui como equilibrar criatividade com organização e ainda fazer seu filho feliz.


Patins debaixo da cama, gibis em cima, batata chips do lado. Roupas no chão, rabiscos na parede, adesivos autocolantes nos vidros das janelas. E o pior: nada combina com a decoração pensada pela mãe. Até onde essa cena deve despertar horror e ataques fulminantes de ordem e limpeza ou apenas provocar um sorriso (mesmo com um certo esforço) e uma paciente conversa na base do sujou-limpou, brincou-guardou?

A resposta está no equilíbrio. Não é possível esperar que um quarto de criança esteja sempre impecável, A ordem pode ser mantida sem obsessão e a limpeza ajudada por um ambiente composto de poucos móveis e objetos, além de revestimentos fáceis de limpar.

“A ocupação do espaço é determinante na formação da personalidade”, escreveu o pesquisador francês G.Mesmin, que cruzou conceitos de arquitetura, educação e psicologia para analisar a influência dos ambientes no comportamento humano. Ele descobriu que o respeito os gostos infantis e à sua forma peculiar de organização – muitas vezes traduzida pelos pais como bagunça – gera pessoas mais confiantes e seguros, adultos que sabem expor suas idéias, com facilidade de estabelecer limites e impedir invasões.

Por tudo isso, a criança precisa sentir o quarto (ou uma área dele, caso divida com mais irmãos) como exclusivamente seu. O território pode ser marcado com bichos de pelúcia, objetos queridos. O importante é o respeito ao gosto dos pequenos. E também ao seu tamanho: estantes devem estar ao alcance de suas mãos, quadros ao nível do seu olhar.


Ensinamentos indianos


“Outras tradições, como a indiana, também estimulam a liberdade da criança – até os 5 anos de idade. Os pais indianos são muito permissivos quando os filhos são pequenos, porque acreditam que as crianças precisam de espaço para manifestar suas personalidades. Depois, ao redor dos 6, 7 anos, passam a ser mais rígidos, severos até”, conta Lilaraj Bhakti, especialista em vastushastra, o Feng Shui da Índia, e professor do Yaat, centro de estudos da cultura indiana de São Paulo. Também é bom que computadores, TVs, armários ou banheiros sejam compartilhados com irmãos, primos, amigos – assim a criança aprende a dividir e a socializar-se e é estimulada a não ser egoísta. “Compartilhar faz parte do aprendizado”, lembra Lilaraj Bhakti.

Outro elemento que deve estar sempre presente nos ambientes das crianças é o aconchego. Materiais agradáveis ao toque, almofadas e colchões macios, bonecas de pano e bichos de pelúcia molengos, luz suave, filtrada por cortinas leves, abajures e aromas de lavanda. O essencial é a criança sentir-se bem, estar rodeada do que gosta. Mesmo que não seja exatamente do gosto dos pais.

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