∞∞∞∞∞∞∞∞

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Interessante não?!?_A fotografia e a educação: um projeto do Cidade Invertida


Publicada no Blog Paraty em Foco
por Talita Virginia
em 25 MARÇO 2011

vi no boletim do Estúdio Madalena


Sempre acreditei que a arte e a cultura deveriam estar nas escolas. São tão importantes quanto saber escrever ou contar. Infelizmente, as políticas públicas de educação aqui ainda não se deram conta disso… o Brasil ainda tem muito o que evoluir nesse sentido. Por isso, iniciativas bacanas como as do Cidade Invertida me deixam pra lá de feliz! Explico:

O Projeto Cidade Invertida elaborou um curso de fotografia e linguagem visual voltado para educadores, que visa capacitá-los a aplicar ações didáticas relacionadas à fotografia em sala de aula. O primeiro encontro desse curso aconteceu no ultimo sábado, e o coordenador Ricardo Hantzschel conta um pouco sobre essa experiência:


Como surgiu a idéia de criar um curso de fotografia e linguagem visual voltado exclusivamente para educadores?

Pela minha experiência como docente, tenho desenvolvido instrumentos didáticos para desmistificar a formação da imagem, abordar a composição e o enquadramento utilizando a fotografia, criar exercícios lúdicos que utilizam a imagem e fazem pensar sobre ela. Pensar um curso para educadores aconteceu naturalmente, pelo caráter multiplicador do projeto.

Quais as expectativas do Cidade Invertida com essa ação?

A expectativa é que os educadores contribuam na formação de público apreciador/questionador da fotografia e utilizem as idéias, referências e técnicas aprendidas (que podem ser adaptadas para várias áreas do conhecimento) para aplicar em suas próprias ações didáticas. A idéia é mostrar o poder da imagem como suporte que comunica. Além disso, a ação dos educadores com crianças e jovens tem impacto na formação de público apreciador de imagens, tornando a fotografia um instrumento propulsor de cultura.

Alguns exemplos práticos: uma de nossas ex-alunas, Ana Angélica Rodrigues, de um curso que ministramos em Osasco no ano passado, montou um laboratório em sua escola em Alphaville, atendendo por volta de 800 alunos. A aluna Samara Aparecida Costa, do curso que demos na Casa de Cultura da Eletropaulo, montou laboratório em Barra Bonita que continuava ativo quando visitamos a cidade este ano, apesar de ela já ter saído da instituição. A aluna Maria Rosária Obara, do curso que oferecemos na Vila São José, zona sul, construiu uma câmera de desenho com os alunos na ONG Projeto Anchieta. São resultados assim, que multiplicam uma ação, que esperamos obter com o nosso projeto.


Qual o perfil dos participantes?

Os educadores tem perfil variado. Neste curso temos por exemplo a Tania Regina, professora no Colégio Rainha da Paz, a Elisane, que é assessora de educação inclusiva na implantação de centros comunitários do agreste pernambucano, a Fernanda de Mello, da rede estadual de ensino (EE Pastor Paulo Leivas Macalão), a Denise, da rede municipal de ensino (MF prof. Quirino Rennó), entre outros.

Quais eram as expectativas dos educadores com relação ao curso, o que eles esperavam encontrar/fazer/aprender?

A expectativa inicial se resume em melhorar tecnicamente o fazer fotográfico. Com o decorrer do curso percebe-se que a apropriação da técnica fotográfica é apenas uma etapa, com os participantes se dando conta da riqueza da linguagem fotográfica e suas múltiplas poéticas.

No fim desse primeiro encontro, qual o balanço que a equipe fez com relação aos educadores e as expectativas iniciais?

O primeiro dia foi muito produtivo, apesar do mal tempo. Os educadores ficaram fascinados com a câmera obscura no trailer, a revelação química do papel p/b e a simplicidade encantadora do pinhole.

E vem mais por aí! Os próximos encontros são nos dias 26 de março, 2 e 9 de abril.

Para quem ainda não conhece o Cidade Invertida:

Nenhum comentário:

Postar um comentário