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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Interessante, não?!?_Oca expõe tudo sobre a água

por TATIANA PIVA
26 de novembro de 2010

“Essa é uma exposição para se molhar”, diz Marcello Dantas, um dos curadores da megaexposição Água na Oca, que ocupa os 8 mil m² do pavilhão da Oca, no Parque do Ibirapuera a partir de hoje. Mas na verdade só se molha quem quiser ou for curioso a ponto de interferir em alguns elementos mais ousados da exposição, que fica em cartaz por cinco meses.

Assista ao making of:

O evento tem origem na mostra, apresentada em 2007, no prédio no Central Park West, em Nova York, e no Brasil é organizado pelo Instituto Sangari em parceria com o Museu de História Natural de Nova York. De forma inteligente consegue unir arte, ciência, tecnologia e informação.

“Tudo começou com a água. Foi ela que possibilitou a primeira imagem de nós mesmos”, explica Dantas. O curador também já foi responsável por outras importantes exposições, como Bossa na Oca Roberto Carlos – 50 Anos de Música.

Nos quatro andares do pavimento há atrações interativas, exposição de obras de arte e fotografias, maquetes de embarcações, peças de acervo museológico, aquários reais e virtuais e instalações audiovisuais.

O subsolo foi batizado de Desaguar e recebe obras de arte. Entre os profissionais que expõem no local estão os brasileiros Leandro Lima e Gisela Motta, Sonia Guggisberg, Laura Vinci, Márcia Xavier e o trio Rejane Cantoni, Raquel Kogan e Leonardo Crescenti.

Estão lá, também, fotografias de Claudia Jaguaribe e cinco obras intituladas Water Sculptures, do inglês William Pye, que ficou conhecido como o escultor da água. Uma delas recria um redemoinho artificial em que a água se movimenta de acordo com a proximidade das pessoas. E outra é uma espécie de chafariz com cores em que o público pode interferir no volume de água lançado por ele.

No térreo, o visitante encontra o Mundo d’Água, que trata das relações entre a água, a vida e o planeta, suas propriedades, problemas e potenciais. Neste espaço a grande atração são as atividades que entretém e ensinam ao mesmo tempo.

São telas com imagens de animais que vivem nas profundezas do oceano, aquários reais, um terrário virtual e brinquedos interativos, como uma balança que mede quais elementos têm mais água. “É uma brincadeira provocativa, todo mundo quer tentar adivinhar. É um jogo para crianças e adultos”, diz Mário Domingos, um dos curadores científicos da exposição.

Ele explica que o objetivo dessa sessão é simplificar informações, ensinar e conscientizar crianças e adultos a respeito da importância da água. Também é nesse andar que ocorre o Laboratório de Aprendizado, três bancadas que comportam 20 estudantes em cada.

As visitas são previamente agendadas e proporcionam aos alunos a oportunidade de realizar experimentos. “Será possível fazer a observação de organismos em microscópios, eletrólises da água em oxigênio e hidrogênio, e até o uso desses gases como fonte de energia”, diz Bianca Rinzler, diretora executiva do Instituto Sangari que espera receber cerca de 120 mil crianças e jovens durante a mostra. Sete mil alunos já estão inscritos para este ano.

O primeiro andar do pavimento é chamado de Infiltração e apresenta a relação entre a água e cidadania, política e consciência ambiental. E para deixar essa ideia ainda mais real, uma das instalações simula um barraco em meio a uma enchente.

O visitante entra na casa e logo começa a ter a sensação de estar acuado pela água que parece prestes a tomar o espaço. Gotas caem do teto, a água bate nas janelas, dando a impressão de que pode invadir o barraco, um vento forte entra pela porta e um som estrondoso de trovões ajudam a provocar uma sensação real.

A Última Fronteira está no segundo andar. É lá que ocorre a exibição de um filme de aproximadamente oito minutos. Deitados sobre colchões de ar, os espectadores são levados a diferentes lugares, desde os recifes de coral até as partes mais obscuras do oceano.






Obra da dupla de brasileiros Leandro Lima e Gisela Motta (FOTO: DIVULGAÇÃO






Água na Oca.
De hoje a 8 de maio de 2011
Oca. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº Portão 3, Pq. do Ibirapuera, Vila Mariana.
Entrada: R$ 20

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