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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Escritório, doce escritório_3/5

Mais importante do que ter um local de trabalho bem decorado é fundamental ter um lugar com a “cara” da pessoa que o ocupa - Autonomia para organizar e personalizar seu próprio espaço torna profissionais mais felizes, saudáveis e produtivos

por S. Alexander Haslam e Craig Knight

A proliferação de novos empreendimentos de mídia digital nos anos 1990, tentando atrair trabalhadores especializados, popularizou uma opção ao sistema de escritório aberto. Junto com as máquinas de café chegaram aos ambientes de trabalho elementos visuais vistosos, tanques com peixes tropicais e chamativas obras de arte. A ideia era fazer os profissionais se sentirem valorizados, ganhar a sua lealdade e incentivá-los a cumprir horas extras. Em Mountain View, Califórnia, no “campus” do Google (essa palavra já indica o distanciamento da dinâmica tradicional de um local de trabalho) e também em empresas de jogos virtuais e agências interativas de propaganda os funcionários têm liberdade para encher seus escritórios com peças vintage, bonequinhas Hello Kitty, objetos feitos com Lego ou qualquer coisa bonita, engraçada ou significativa. Os empregados chegam a competir para ver quem consegue criar o espaço mais atraente.



Supõe-se que os escritórios incrementados aumentem o bem-estar e a produtividade dos empregados mas nem sempre provoquem mudanças positivas profundas. Em 2009, cientistas da Universidade de Amsterdã substituíram os escritórios tradicionais por espaços projetados para funções específicas (uma cabine para tarefas que demandassem concentração e “uma sala de estar” para a interação social entre colegas). Apesar desses adicionais criativos, após seis meses foi constatado que a produtividade diminuiu ligeiramente. Por que isso aconteceu?

Na sede da Google, na Califórnia,
funcionários são incentivados a decorar
o local com brinquedos e objetos de antiquário,
de preferência, inusitados


Fonte: Revista Mente&Cérebro
edição 214 - Novembro 2010

Haslam é professor de psicologia social da Universidade de Exeter, na Inglaterra. Knight é pesquisador, pós-doutorando em psicologia e diretor do Center for Pychological Research into Identity and Space Management, em Exeter.

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