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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Nem água, nem lua


Por anos e anos,
a monja Chiyono estudou
sem conseguir chegar a Iluminação.

Uma noite,
ela estava a carregar
um velho pote cheio de água.

Enquanto caminhava,
ia observando a lua cheia
refletida na água do pote.

De repente,
as tiras de bambu
que seguravam o pote inteiro
partiram-se
e o pote despedaçou-se.

A água escorreu,
e o reflexo da lua desapareceu –
e Chiyono Iluminou-se.

Ela escreveu estes versos:
tentei segurar o pote inteiro,
esperando que o frágil bambu
nunca se partisse.

De repente, o fundo caiu.
não havia mais água;
nem mais lua na água –
O vazio em minhas mãos.

“Uma noite, ela estava a carregar um velho pote cheio de água”.

Você também está carregando um antigo, um muito velho pote cheio de água. Ele é a sua mente repleta de pensamentos. É a coisa mais antiga que você carrega. A mente é sempre velha. Nunca é nova. A mente significa o conhecido. E como pode o conhecido ser novo? A mente significa passado. E como pode o passado ser novo?

Você também está carregando um velho pote cheio de água. A mente é o velho pote e os pensamentos são a água. Você não pode jogar este velho cesto fora porque, então o que acontecerá com os seus pensamento? Você dá muito valor a eles, como se fossem a sua própria fonte de felicidade. O que você tem encontrado através dos seus pensamentos?
Nada mais que ansiedade e tensão.

* trecho extraído do livro “Nem Água, Nem Lua”
autor: Osho - editora: Cultrix - página09

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