Substância extraída de planta originária da mata atlântica é capaz de proteger a pele dos raios
solares, aponta pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP
IZABEL LEÃO
Um arbusto originário da mata atlântica, tão conhecido da medicina popular, é um novo aliado para a proteção da pele contra os raios solares. Está-se falando da pariparoba, facilmente encontrada nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia e até mesmo na Cidade Universitária, em São Paulo.
A planta contém um composto químico capaz de proteger a pele dos efeitos nocivos de raios ultravioleta do tipo UVB. “A pariparoba sempre foi usada para o tratamento de má digestão, doenças do fígado, como icterícia, e queimaduras, através da infusão da raiz e da folha.
Percebemos que ela protege a pele dos efeitos imediatos e crônicos da radiação solar, como também da diminuição da elastina e do colágeno”, explica a professora Silvia Berlanga de Moraes Barros, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, referindo-se a duas proteínas essenciais para a pele. A planta parece ser útil també
contra a hiperplasia epitelial – o aumento desenfreado do número de células da parte mais externa da pele.
As pesquisas começaram a partir de uma investigação da atividade de proteção hepática atribuída à planta. Silvia explica que começou a estudar o composto 4-nerolidilcatecol, molécula encontrada no extrato da raiz da planta, cuja estrutura química é muito semelhante à do alfa-tocoferol – mais conhecido como vitamina E –, um antioxidante usado em formulações de produtos de beleza para a prevenção do envelhecimento cutâneo.
O potencial antioxidante da molécula encontrada na pariparoba foi comprovado nos resultados da pesquisa de doutorado de Cristina Dislich Ropke, orientanda da
professora Silvia.
Continua no site.....http://www.usp.br/jorusp/arquivo/2004/jusp708/pag07.htm