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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Feng Shui Energético_A Canção da Alma

Há um som que a vossa alma canta dentro de vós a toda a hora. Muitos de nós esquecemos como prestar atenção a este som.
Quem alguma vez pensou que a sua Alma tem a sua própria canção? E o que significa isto exatamente?

Os sete chakras são vórtices de energia que alimentam o seu corpo com a Energia universal, que não é visível, mas que é essencial para o seu bem-estar.

Com a criação da Nova Energia na Terra a sua alma espera retornar à sua frequência original, que também é chamada de Canção da Alma.

Significa que cada um dos chacras tem a sua própria nota na escala musical e também tem a sua própria luz (cor), que é criada a partir dessas frequências. O Universo é feito de luz e som e a vossa Alma também contém em si elementos de luz e som. Todas as frequências se remetem para as suas emoções, que são energias em movimento.

Presentemente vocês estão liberando traumas do passado e feridas através das vossas linhas genéticas e traumas desta vida. Vocês estão liberando-as e ficando livres delas.

À medida que essas nova energia vai sendo criada na Terra vai-vos conectando com os vossos sentidos divinos, que são os sentidos acima descritos e que estão por detrás dos vossos cinco sentidos.Estes novos sentidos são sentidos espirituais que conduzem ao discernimento, esclarecimento,sabedoria, sentindo uma mentira mesmo antes dela ser dita, sentindo a energia de outra pessoa, sentindo as intenções e o divino dos outros. Voces estão na vossa essência alinhando com a vossa Alma através dos sentidos divinos.Os cinco sentidos da visão,audição, gosto e tato também estão a ser intensificados neste momento.

Com vista a conectar-vos com esses sentidos divinos, têm de mudar o vosso sistema de crenças do passado, liberar os velhos programas que vos conectavam ao Ego e libertar o vosso passado para que possam abrir o coração e seguir a liderança da vossa alma.

A canção da vossa Alma é uma bonita canção que é criada através da energia do amor. A canção é sobre vós, está em vós e faz parte de vós. É uma frequência que vos liga a Deus. Liga à célula de Deus dentro de vós que vos lembra “quem realmente são” à medida que os códigos dentro dos quais estiveram aprisionados por muito tempo se abrem uma vez mais.
É como uma criança que está à espera para nascer. É a sua alma que acorda– que é a sua ligação a Deus.

Logo que a Alma acorda dentro de você há uma nova lucidez que você nunca sentiu antes, à medida que vai crescendo na sua própria divindade.
Começa a compreender as coisas num nível muito mais profundo.

De repente tem um sentido interno que lhe dá um sentido mais profundo daquilo que está a ler ou que está experienciando. É capaz de abrir a sabedoria da sua Alma e é como se olhasse através dos olhos da sua Alma pela primeira vez. Quando alguém lhe conta uma história, consegue seguir o trilho da energia e saber o resultado ou consegue sentir se uma certa ação lhe trará o resultado que deseja.

Resulta daqui estar na frequência certa da mente para atrair a si o que realmente deseja ao nível da sua Alma. Quando está ligado à frequência da sua Alma – a verdade ser-lhe-á revelada quando se esforça para tomar decisões importantes sobre a sua vida. Olhará através do drama, não se ressonando com ele, como se ele fosse apenas uma energia de ilusão que está ligada ao medo do ego. O véu está agora a ser levantado e você não se identifica mais com o que pensa , seguindo o que “sente” ao nível da energia da Alma.

Nesta nova clareza serás capaz de falar com as células do seu corpo. Será Capaz de sentir e saber coisas das suas células como se elas falassem a linguagem do sistema imunitário não consciente.

As células vão dizer-lhe que emoções precisa para limpar e se as suas memórias celulares do passado estão armazenadas no seu corpo. As células podem falar através de mudanças na temperatura do corpo, comichão na pele, dores e sofrimento ou tensão em várias partes do corpo.

Como poderá saber o que os sintomas lhe estão a dizer?

Isto é o que o Curso do Alinhamento Quantum da Alma lhe ensina. Os sintomas apontam para elementos do Passado que estão armazenados nas células e que precisam de ser curados.
A sua Alma diz-lhe através dos sintomas como libertar o passado e regressar a um estado de equilíbrio e harmonia.

À medida que finalmente descobrira canção da sua Alma sentirá uma grande claridade nos seus aspetos físicos, emocionais e espirituais, tomando atenção aos sintomas e mudando os seus pensamentos para permitir que a energia flua através de si – em vez de estar bloqueado em várias partes do corpo causando doenças.

À medida que se descartar do passado , se perdoar a si próprio e aos outros a sua energia interior e à sua volta muda, como se recapturasse a canção da sua Alma – o que cria saúde a todos os níveis.

Este material tem direitos de autor. © 2010,2011 Heather Carlini www.carliniinstitute.com. Você é livre de partilhar, copiar, distribuir e descarregar o trabalho de acordo com as seguintes condições: deve dar os créditos ao autor,não pode usar para fins comerciais, e não pode alterar, transformar ou construir a partir deste trabalho. Para alguma reutilização ou distribuição deve deixar claro aos outros a licença dos termos deste trabalho. Qualquer destas condições pode ser anulada se tiver a permissão dos direitos de cópia do proprietário. Qualquer outra proposta de uso tem de ser garantida com a permissão do autor.

Traduzido por Isaura Martins.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Orçamento Pessoal

Conheça os benefícios de organizar o orçamento pessoal e familiar e saiba como fazer isso.


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Pense Nisso... O VERDADEIRO SENTIDO DAS COISAS

Este vídeo irá mudar a forma como as pessoas vêm o consumo e os produto, é um alerta importante para todos os consumidores.

Um pequeno documentário educativo que apresenta importantes informações sobre questões ambientais e sociais dentro da temática do consumo de produtos, que representa um assunto urgente e de vital importância para a sobrevivência de todo o Planeta e da espécie Humana, para o presente e o futuro.

A História das Coisas é um documentário rápido e repleto de fatos que olha para o interior dos padrões do nosso sistema de extração, produção, consumo e lixo. Todas as coisas que compramos e usamos na nossa vida afetam as sociedades e o ambiente a nível local e mundial, mas a maioria destes fatos são propositadamente manipulados e escondidos dos nossos olhos pelas empresas e políticos, cujos objetivos principais são o lucro e o poder.
Isso é obtido através do consumo exacerbado que só pode ser realizado à custa de toda a vida na Terra, de sofrimento, exploração e destruição ambiental.

A História das Coisas expõe assim as conexões entre diversas questões ambientais e sociais, demonstrando com fatos, que ao consumirmos de forma inconsciente e desmedida, estamos destruindo o mundo e a nós mesmos.

É hora de tomarmos consciência do problema, para criarmos um mundo mais sustentável e justo para todos, para o planeta Terra e para futuras gerações.

EDIÇÃO E MONTAGEM: CRSS3
Aracatiara/Amontada/Itapipoca/Itarema


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Pense Nisso... Vida e morte

Autor: Monja Coen
Fonte:
Revista da Hora, 25 de abril de 2004

Vida após a morte? Morte após a vida? Vida em vida? Morte em morte? Morte na vida? Vida na morte? Morte na morte? Vida na vida? O que veio primeiro, a morte ou a vida? Estaria tudo morto quando a vida iniciou o seu processo inusitado de dar vida à morte? Ou estaria tudo vivo quando a morte iniciou o seu processo inusitado de matar a vida? É a vida dando vida à vida? É a morte matando a morte? É a vida dando vida à morte? É a morte dando vida à vida?

Dizem os budas que não há nascer nem morrer. Então, como explicar o choro do bebê. Nasceu, não foi? E como falar do morto no caixão, sendo velado. Morreu, não foi?

Há quem adore falar com os mortos. É tão legal falar com os vivos. Não é preciso esperar que morram para ouvi-los, para falar, para pedir perdão, para querer aprender, para doar. Há seres maravilhosos hoje, agora, ao seu lado, em você. Pare e olhe para eles. Encontre e ouça a sua voz mais doce e verdadeira. É preciso encontrar, neste plano, neste instante, em cada ser, a graça do "interser". É preciso cultivar a beleza, a pureza, a bondade e as virtudes e fazer uma teia preciosa de seres iluminados, brilhando para todos os lados.

Não há tempo a perder e, ao mesmo tempo, temos toda a eternidade. O tempo não está correndo. Corremos junto com o tempo. Giramos com a Terra, que gira em tomo do Sol... Somos o tempo. Um momento.

Para onde foi o momento que eu pedi para esperar? Ele não esperou. Nada espera. Tudo flui. Fluímos com o tempo. Vivendo e morrendo a cada instante. Células que nascem e morrem. Quem quer ser eterno?


Vou mudando, crescendo, envelhecendo. A barriga cresce, depois murcha. Já não consigo andar tanto. Fico cansada por qualquer coisinha. Esqueço as coisas, esqueço as pessoas. Quando me perguntam do passado, tenho de puxar memórias que nem sei onde foram arquivadas. Surge um rosto, uma face, uma voz: "Você se lembra de mim?". Lembro? Não sei.

Eternamente vivendo cada morte instantânea de mim mesma. Presente. Presente de ser e de estar. Presente de receber e de dar.

Professora! Posso ir ao banheiro? Não. Pipi no chão. Vá buscar um pano e limpar. E a minha roupa molhada? E as minhas pernas, as minhas meias, o meu sapato? Eu pedi para ir ao banheiro. Claro que não deu tempo no recreio. Intervalo é para brincar, jogar bola. Não dá tempo de ir ao banheiro. Por que a professora não entende? Nunca foi criança, talvez? Já nasceu assim grande, professora?

Professora pode rasgar papel de aluno? Mesmo um papelzinho de recado, de desenho, de ternura, de amizade? Pode?

Direitos humanos. Quem avançou o sinal? Quem desrespeitou primeiro? Ele estava batendo no meu amigo. Fui lá e o enforquei. Ele me deu dois murros. Todos para a diretoria. Quando a gente cresce, não é para a diretoria da escola que a gente vai. Quando a gente cresce, não é a professora que rasga nossos papéis de recados queridos.

E o que fazer? Vamos vivendo... Não assim, respondendo como se fosse uma coisa corriqueira. Vivendo. Que alegria, a vida.

Com seus altos e baixos, suas memórias. Ah! Até essas podem ser roubadas.

E daí? Sem lastimar, vamos nos transformando. Sem indiferença e sem negligência.

O corpo de agora é onde tudo se manifesta. Cuide dele com carinho e respeito. Não deixe ficar balofo, doente, estressado. Cuide com o cuidado de quem só tem um. Não dá para trocar na loja. Remendos são caros e complicados. Vamos cuidar de nossa vida. A morte nos espreita, aguarda-nos. Não sinistra e temerosa. Mas nos leva sorrateira a uma viagem amorosa pelo passado e pelo futuro. Fale comigo agora. Hoje. Amanhã pode não vir. Cuide, inclua, compreenda, ajude, transforme. Já. Não há outro dia.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Feng Shui_Área dos Amigos

Dica para guardar as lembranças de viagem e ativar a área dos amigos.

Se, você não consegue jogar fora tudo, ou se conseguiu se livrar da metade da sua bagunça, mas ainda tem N lembrancinhas esparramadas pela casa, junte-as em um único lugar, e ative a Área dos Amigos.

Coloque-as dentro de potes de vidro e faça um "mosaico" com elas.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Como economizar no supermercado

Eugênio Faganholo dá dicas para você economizar no supermercado com atitudes muito simples.


Fonte: Você S/A

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Como controlar seu banho de 5 minutos


Se você perde a noção do tempo quando está no banho, aqui vai uma boa dica para controlar esse tempo. O temporizador funciona com uma ampulheta regulada para durar 5 minutos. Menos tempo no banho, menos água desperdiçada e o planeta agradece.

E o precinho? Só US$5,50 na Kikkerland. Infelizmente não temos informação sobre o/a designer do produto.

Fonte: Blog Rodrigo Barba

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Feng Shui_Organizar mesa de escritório!

Dicas práticas de Feng Shui de fácil aplicação. Saiba como organizar a mesa de seu escritório!


Fonte: OZ!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Interessante não?!?_Lares verdes

A mostra Morar Mais por Menos traz ambientes com objetos reciclados


Melissa Jannuzzi
Veja Rio - 31/08/2011


Quando se fala em decoração sustentável, a primeira imagem que vem à cabeça é a de peças feitas com garrafas PET ou sucata — invariavelmente feias e sem graça. Para acabarem com esse preconceito, os organizadores da mostra Morar Mais por Menos decidiram provar que é possível desenvolver projetos com objetos de apelo ecológico e, ao mesmo tempo, bonitos e funcionais. Entre 31 de agosto e 9 de outubro, estarão abertos à visitação na Pequena Cruzada, na Lagoa, 75 ambientes onde peças de design e móveis de madeira certificada são combinados a artefatos feitos com embalagens reutilizadas, sobras de plástico e borracha e objetos encontrados em caçambas de entulho.

A cozinha e o quarto expostos na exibição: peças reutilizadas

Uma mistura eclética como a que se vê na cozinha da foto acima, à esquerda, criada pelos arquitetos Marcelo Possionio e Bianca Gatto. Nela, cadeiras de Sérgio Rodrigues convivem com banquetas feitas de lata de óleo, lustres de roda de bicicleta e azulejos de plástico reutilizado. “Além de reaproveitarem materiais, são soluções que criam ambientes com mais personalidade”, diz Possionio.

A proposta de usar materiais alternativos não é novidade na produção de móveis. Os irmãos Fernando e Humberto Campana tornaram-se célebres com criações como a cadeira Favela, feita de ripas de madeira, ou a mesa Tatoo, cujo tampo é formado por dezenas de tampas de ralo de plástico. Na loja Novo Desenho, no Museu de Arte Moderna (MAM), pelo menos vinte dos 100 designers que ali vendem seus produtos usam material reciclado. É possível encontrar bancos feitos de pneu, bijuterias de plástico reciclado e luminárias de casca de ovo. “Como em diversas outras áreas, o uso racional de recursos é uma questão cada vez mais importante”, afirma Tulio Mariante, dono da Novo Desenho. “E isso tem sido feito de forma cada vez mais criativa e profissional.” Um grande benefício para a natureza — e também para as casas dos compradores.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Pense Nisso... Porto do Rio - Um apelo


Área portuária, Rio de Janeiro
Foto - Naylor Vilas Boas
Dubai
Foto - Fabrice Bettex

A exemplo de diversas zonas portuárias ao redor do mundo, o Porto do Rio sofreu processos de desfuncionalização por questões tecnológicas e político-econômicas. Há três décadas busca-se alternativas de desenvolvimento para os bairros portuários, sempre mais inspiradas em modelos internacionais e menos em uma eloquente especificidade local.

A maioria dos grandes projetos feitos para a zona portuária busca a renovação urbana da área e seu desenvolvimento imobiliário, compreendendo a zona portuária como um prolongamento do Centro do Rio de Janeiro ou de outros bairros “limiares” (como laranjeiras), quiçá como uma nova “Barra”, como alguns projetos e imagens sugerem.

No ano de 2001 foi lançado o Projeto Porto do Rio, que integrava uma estratégia de reabilitação do Centro do Rio de Janeiro, baseando-se na experiência de outras metrópoles mundiais ocorridas nas décadas de 1980 e 1990 (1). Tratava-se de um plano de recuperação e revitalização que objetivava valorizar o patrimônio arquitetônico e urbano do Rio de Janeiro, encarando a área como espaço estratégico de desenvolvimento urbano. Lançou as bases do projeto atual, mesmo que involuntariamente.

As intervenções, segundo o escopo do projeto, já priorizavam a idéia de tornar a área atrativa para novos empreendimentos privados, aprimorando o sistema viário e tirando partido da paisagem e da Baía de Guanabara. Para tanto, o projeto criava diferentes pólos de intervenções a fim de promover a integração das atividades portuárias e alterar as condições de utilização e ocupação do solo naquele momento. Os projetos buscavam ainda estabelecer novos marcos espaciais e pólos funcionais.

Área portuária, Rio de Janeiro
Foto - Naylor Vilas Boas

No discurso de apresentação do plano municipal do início da década passada, estava ainda colocada a intenção de introduzir novos usos e atividades em novas construções, de forma a “negociar” com a condição existente, seja a morfologia urbana, sejam as redes sócio-econômicas locais. No caso da relação entre o “velho” e o “novo”, na terminologia do projeto, notava-se o estabelecimento da área plana como área a renovar, com alguns pontos de exceção, e as áreas já preservadas como áreas a recuperar (2). Um desejo de “incremento” sócio-econômico e arquitetônico das áreas não preservadas estava expresso nas destinações de usos e atividades previstas e na continuidade da legislação urbanística que estabelecia altos índices de verticalização.

Como este desejo de renovação se articularia aos diversos preceitos que o projeto propunha em sua formulação, ao afirmar o desejo de preservação do existente ou a importância da comunidade local considerando que a transformação da forma urbana refletiria no conjunto de relações estabelecido?

Pela análise das dinâmicas imobiliárias já à época, percebia-se que o desenvolvimento da região teria efeitos diretos sobre o mercado imobiliário, como a elevação do valor imobiliário e o aumento dos valores de serviços e comércios locais, implicando a valorização dos imóveis vizinhos. Na perspectiva do sistema econômico atualmente vigente, dificilmente se controla os movimentos urbanos no caso de valorização. Assim, dá-se o fenômeno da gentrificação, muito conhecido no contexto europeu e norte-americano e cada vez mais amplo nos dias de hoje também no Brasil, vide o caso da Lapa que, à época, era dado como exemplo de revitalização bem sucedida, palco do convívio entre grupos diferenciados e que hoje se tornou um mar de bares que simulam botequins tradicionais do Rio de Janeiro.
Área portuária, Rio de Janeiro
Foto - Naylor Vilas Boas

A renovação populacional que acontecerá também no Porto, se o projeto for bem sucedido, a apropriação turística ou voltada ao entretenimento decorrente, aliada a um novo perfil (skyline) e à consequente transformação da vida urbana ainda resistente na zona portuária através da transformação dos usos, na perspectiva de sucesso do plano anterior e do atual, são aspectos que desestabilizavam o discurso da preservação.

Autores como Rem Koolhaas faziam, desde o final dos anos 90, a defesa, senão apologia, da não-preservação e da re-edição da tabula rasa, a favor da mudança constante, da renovação sempre que necessário, como um dos “talentos” da condição urbana contemporânea. No entanto, estas questões permaneceram e permanecem apenas implícitas no debate da questão urbana carioca. A substituição da forma urbana portuária ou seu semi-arrasamento não tem sido suficientemente abordada, como se fosse um “tabu” debater hoje em dia o problema da forma da cidade, ou como se houvesse novo consenso sobre a altíssima escala.

Do projeto de 2001 ao projeto lançado em 2009, rebatizado “Porto Maravilha”, o processo se radicalizou. O que era comedido ou ainda indefinido no primeiro, no projeto atual é explícito: verticalização, transformação radical da paisagem urbana, altos índices de construção permitidos, semiprivatização do processo de desenvolvimento urbano local.

Se o primeiro projeto era conduzido por especialistas de longa data na questão da área portuária carioca, o de hoje parece ser conduzido por um espírito dominado pelo caráter financeiro e imobiliário do desenvolvimento da área. Em que se pese a necessária passagem do projeto ao pragmatismo da realização, o que está aqui em jogo é o método, o ritmo, os princípios estabelecidos e principalmente, a sensação de que a cidade se constrói sob os olhares surpresos, indignados ou cúmplices de sua comunidade. Há movimentação de alguns setores, mas esta ainda não ganhou a mídia nem o vulto necessário.

Área portuária, Rio de Janeiro
Foto - Naylor Vilas Boas

O atual modelo urbano contemporâneo reproduzido sem crítica ou consideração de seus efeitos na história urbana nos parece, no mínimo, arriscado. As imagens remetem a um modelo segregacionista no qual o que já se considerou como o sentido da vida urbana será paulatinamente suprimido: a diversidade, a experimentação, a singularidade, a negociação, a relação entre diferenças. Um desafiante sarcasmo toma conta da cena do debate urbano: parece que estamos de volta aos anos 70, onde a política rodoviarista acompanhada pelo bota-abaixo do Rio antigo era a tônica. Novo ou velho destino à espreita da antiga capital?

As escolhas urbanas que vemos despontar no panorama atual remetem à homogeneidade de usos, público, imagem. Nosso grande temor, é, portanto, que um projeto como o Porto Maravilha consiga de fato renovar a zona portuária: renová-la de forma totalizante. Atualmente parece ser relativamente rápido apagar quase 450 anos de camadas acumuladas de história... ou senão, reescrevê-las de forma radical. O radicalismo não é em si negativo, mas será que os cariocas estão felizes com o desaparecimento dos galpões portuários e também de casas, com o iminente bloqueio da vista dos morros, fundamentais na história do Rio de Janeiro? E os moradores da região?

E se estão, por que exatamente isto é possível em um contexto de clara relegação do contexto local em sua pluridimensionalidade? Considerar a cidade e as suas camadas constituídas no tempo é, a nosso ver, respeito e consideração de “si mesmo” e de seus laços e relações pessoais trans-históricos com um sítio físico-cultural-afetivo.

Este artigo não tem como objetivo constituir-se como trincheira contra o projeto, mas defende que uma cidade construída de forma coesa é uma cidade “duradoura”. Grandes investimentos imobiliários vêm e vão e geralmente deixam cicatrizes, por sua velocidade e incapacidade de abordar o microcosmos. São, por definição, insustentáveis na maioria dos pontos de vista, exceto aquele do lucro imediato. Mas a cidade é uma rede de microcosmos, e a violência da cidade se dá justamente quando micromundos são esquecidos e desrespeitados.

Do alto do mirante Dona Marta, ao cair da noite – me permito um momento confessional – vendo de longe o Porto do Rio, observei sua inevitável posição estratégica na cidade, numa perspectiva de hiper-adensamento da zona sul e do centro. Em uma outra cidade na qual tantos urbanistas se espelham, olhando uma situação “parecida”, alguém criou “la Défense”, um pouco mais longe do centro.

No Rio, destruiremos o Porto supostamente para fortalecer a cidade? Parece estranho se pensarmos que todo o sistema urbano em construção atualmente colabora com uma hiperpolarização da Barra, sua recentralização na cidade criando, finalmente, o novo centro que desejou Lucio Costa. A “ida” para a Barra já se deu – um novo equilíbrio deverá ser buscado. Nunca mais o Rio se repolarizará do mesmo modo: a cidade deve ser pensada com olhos que consideram sua realidade atual. Por que pensar em áreas competindo e não em naturezas distintas e singulares? Por que fazer do Porto uma espécie de lastimável Barra (ou uma Dubai em sítio histórico)? A única chance do Porto é permanecer algo único, ganhar força sendo um bairro ímpar e não mais um bairro anônimo de qualquer cidade mundial que quis se “mundializar” a fórceps.

Não creio que aquilo que mundializa ou “glorifica” é o “mesmo”, mas sim o singular, o insuspeito, o próprio, a diferença.

O apelo é para que uma apropriação urbana, estética e humana, própria, inteligente, respeitosa e duradoura, possa ainda ser pensada para o Porto.

Resta compreender o porque de a zona portuária não ter sido preservada pelo Patrimônio Histórico da cidade e do país. Lanço o apelo. Não de um tombamento de tipo “congelante”, mas de uma estratégia de proteção ativa e flexível, que saiba considerar o conjunto sem engessá-lo, que saiba fundamentar e operacionalizar sua particularidade urbana, humana, geográfica, histórica e simbólica. Ainda é tempo.

notas

NE
Este artigo retoma brevemente o debate iniciado no livro de mesma autoria: MOREIRA, Clarissa. A cidade contemporânea entre a tabula rasa e a preservação: cenários para o Porto do Rio de Janeiro. São Paulo, Unesp, 2005.

1
SIRKIS, Alfredo. Porto do Rio: usina de sonhos. In Porto do Rio. Catálogo da Exposição. Centro de Arquitetura e Urbanismo. Rio de Janeiro, 2001.

2
idem, ibidem.

sobre a autora

Clarissa Moreira é arquiteta e urbanista, Pós-doutora Faperj / Prourb-FAU / UFRJ, doutora em filosofia Universidade Paris I, Mestre em urbanismo Prourb-FAU/UFRJ.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Feng Shui Energético_19 anos na energia do Portal 11:11

por Bruno Borges

Há 19 anos atrás o Portal 11:11 era ativação no Egito em uma cerimônia que durou 38 horas ininteruptas. Ao redor do planeta, centenas de outros grupos permaneciam na conexão, participando remotamente da ativação deste Potal. Tudo isso aconteceu em 11/01/1992, por isso que hoje comemoramos 19 anos deste portal aberto.

Muita coisa que surgiu em minha vida, que aprendi, vivi, senti, descobri foram na sincronicidade com alguma conexão com o 11:11. Não é à toa que sempre dizemos que ele muda a vida das pessoas, pois muda mesmo.

Para quem está tendo contato com o 11:11 pela primeira vez, não deixe de articipar de alguma ativação. Este anos teremos 2 e serão as últimas. Faça o que puder para participar. Depois então, você entenderá por que.

Segue abaixo alguns textos para melhor compreendermos o que é o Portal 11:11


O CÓDIGO 11:11 E O PROJETO DE ARCANJO MIGUEL

Essa vaga lembrança que sentimos vem de um código que foi implantado na nossa memória celular, nas fibras do DNA quando estávamos sendo preparados pelo Conselho Estelar para essa missão. Cada um de nós traz uma parte dessa ordem selada que, quando decodificada, simboliza que o momento de conclusão, o fim da jornada e consequente rememoração está próximo e quando isso acontece, principalmente em momentos de acelerada consciência, deparamos com o número 11 (no resultado de uma soma, nos relógios digitais, nas chapas de automóveis, nos números de imóveis, notas fiscais, etc.). Quando o código 11 aparece duplamente como duas colunas de cada lado (11:11) simbolizam o grande Portal interdimensional aberto para atravessarmos do irreal para o real. É o aviso decodificado que estamos prontos para uma nova realidade.

Podemos dizer assim que o 11:11 é uma alavanca pré-decodificada que quando acionada muda os padrões vibracionais, elevando ao nível de consciência a uma oitava superior, unindo a 3a. dimensão à 4a. e 5a., o que nos faz recordar do nosso EU total, do nosso Ser Divino, sem limites e sem bloqueios do mundo tridimensional.

Vale a pena lembrar que 11:11 é um numero mestre a serviço Universal escolhido por Arcanjo Miguel.

Arcanjo Miguel, bem no início, quando começamos aqui encarnar, Ele de livre e espontânea vontade, pela sua fé inabalável nos seus missionários, decidiu nos acompanhar e proteger, destacando inclusive de suas legiões um anjo para nos acompanhar em todas as encarnações, o nosso Anjo de Guarda.

Diante de tantas dificuldades criadas pelo ser humano em vivenciar a sua própria origem, Arcanjo Miguel idealizou, projetou e executou o Projeto 11:11 para acelerar a evolução da humanidade rumo a Ascensão, através de aberturas de Portais interdimensionais, vez que sendo Ele o Dirigente Supremo das Hostes Angélicas, de todos Comandos Interplanetários confederados na Luz, Seres Interdimensionais e Anjos interplanetários, novas energias adentrasse no Planeta Terra e poder assim, a humanidade despertar em massa.

Recentemente Arcanjo Miguel assumiu a sua participação junto ao Grande Conselho Cármico para nos auxiliar com a sua força de Determinação e Fé para que se cumpra o Plano Divino. E mais recentemente ainda, convocou toda a humanidade a fazer parte integrante da sua Legião de Luz, nomeando a quem quisesse como Anjo Humano pertencente a sua Família Cósmica, permitindo que anjos celestiais se aproximassem, tanto quanto nossos guias espirituais para elevar a vibração de cada um, nos dando a oportunidade de executar na Terra o que os anjos celestiais prestam da 5a. dimensão.

NOVAS ONDAS ENERGÉTICAS

Nesses momentos que estamos presenciando muitas energias diversas e, ainda vamos presenciar mais, em que tudo parece estar muito confuso, é de vital importância mantermos o equilíbrio emocional, principalmente com pensamentos positivos, firmes, para que se possa ter harmonia mental e consequente manifestação do que “realmente” necessitamos. São como ondas que no fluxo e refluxo nos trazem ora um estado de otimismo, ora de conflitos. È o “novo” querendo entrar vindo de outras dimensões trazendo a Unidade que se confronta com a dualidade (certo-errado, bonito-feio, sucesso-fracasso, luz-trevas, etc.) que gera julgamentos, falso poder, competição e tantas outras frequências energéticas de vibrações imperfeitas.

Cabe a cada um de nós escolher em que onda vamos navegar. A escolha que fizermos nestes momentos vai perdurar por muito, muito tempo mesmo. Portanto, será impossível querermos criar, manifestar o “novo” em nossas vidas (Rejuvenescimento, Longevidade, Prosperidade, Abundância Infinita, Liberdade plena, Maestria e Ascensão) com um pé na onda dos padrões da antiga consciência de ilusão, limites e separação.

Podemos perceber claramente isso nos dias de hoje com os atos terroristas que infelizmente ainda ocorrem e que afetam a todos nós. Muitos estão vivendo no rodamoinho da espiral da dualidade com o excesso de notícias contraditórias, alguns acreditam que a solução é guerra, outros, indiferentes, preferem nem tomar conhecimento. Mas muitos estão ancorados na espiral da Consciência da Unidade e permanecem inabaláveis aos acontecimentos emanando a sua própria luz para o Planeta Terra.

Por favor, interrompa agora esta leitura. Faça uma rápida retrospectiva do seu momento atual, dos seus relacionamentos, do seu trabalho, do seu lazer, no que você acredita ou não e pergunte a si mesmo se você não está misturando as “ondas” em sua vida. Onde você está colocando o seu Poder de Ser?

Os Portais 11:11 estão abertos para você transpor as barreiras que lhe impedem de tornar-se alguém ancorado na Luz da sua própria Verdade.

A CONSTELAÇÃO DE ÓRION

Órion é de suma importância para os nascidos em outras estrelas. È a passagem obrigatória para outras dimensões. No seu cinturão estão três estrelas: Mintaka, Al Nilan e Al Nitak como são conhecidas pela astronomia tradicional, popularmente as conhecemos como as 3 Marias e no Projeto 11:11 como EL AN RA. Você percebe agora porque sempre as procuramos quando olhamos para o céu?

Mintaka conecta-se com Arcturus. Al Nilan com Antares e Al Nitak com Sirius e é exatamente pela estrela central, Al Nilan, que está o Portal 11:11 e por onde começamos a nossa viagem de volta ao lar estelar.

Em Órion há três zonas: a zona superior é regida pela estrela Belteguese e é onde estão os Conselhos de Luz, a zona inferior é regida pela estrela Rigel, onde estão os Lordes das Trevas. Na zona central de Órion (onde estão as 3 Marias) é uma zona de transição, uma conversão alquímica de transmutação, pois é lá que se dá a união sagrada da escuridão com a luz. É onde a dualidade se funde e se transforma em Unidade. Essa zona é guiada por Metatron e pelo Conselho dos Elohins.

O TRABALHO DOS SERES DE LUZ

Já dissemos que o objetivo principal de Arcanjo Miguel com a execução de aberturas de Portais multidimensionais é o processo de aceleração da ascensão em massa da humanidade de acordo com o Plano Divino. Quando um Mestre Ascensionado, um Arcanjo, um Elohim delineia um plano para a evolução da humanidade, são muitos os membros da Grande Fraternidade Branca Universal que se unem a Ele oferecendo as suas Virtudes para que o projeto seja fortalecido e realizado com êxito, porque todos vivem a plenitude da Unidade. Porisso que muitas religiões ensinam os mesmos conceitos, embora com palavras diferentes: é a energia do plano maior espiritual atuando da mesma forma, pois para Eles não existe a separação de credos ou crenças. É muito diferente de nós que ainda nos deixamos levar, tantas vezes, pelo ego, apego e vaidade. Mas estamos chegando lá, oportunidades é que não faltam.

OS PADRÕES DIMENSIONAIS DO PORTAL 11:11

Digamos que no mundo tridimensional limitado pelo tempo, espaço e matéria, conhecemos padrões dimensionais que vão de 1 a 6, padrões esses que geram os bloqueios e condicionamentos acima citados. E nesses padrões experenciamos os limites desde as primeiras encarnações o que nos fizeram sentir infelizes, fracassados, desprotegidos e abandonados, sempre lutando para alcançar o inatingível para sentirmo-nos inteiros, completos e perfeitos, apesar de algumas vezes termos alguns vislumbres de algo muito mágico e perto.

Após a travessia dos Portais 11:11, ou seja, sermos despertos para uma consciência mais ampla, vamos nos movendo dentro de energias de oitavas superiores além de Órion cujos padrões dimensionais vão de 7 a 11.

Quando alcançarmos o padrão 7 a maioria de nós aqui permaneceremos para manifestar o novo. Só um número reduzido de seres humanos deverá galgar padrões de oitavas superiores e isto de acordo com eventuais novas missões. A partir do padrão 11 é o além do além, ainda desconhecido.

Através de Órion há vários Portais Estelares como as Plêiades, Andrômeda, Calixto, Arcturus, Siriús, etc. e por certo passamos muito tempo nessas estações estelares e aprendemos lições de suma importância para só depois estagiarmos em planetas do Sistema Solar da Terra. Assim aprendemos entre tantos, a alegria em Júpiter, a responsabilidade em Saturno e experiências profundas em Plutão.

Muitos já viajaram tanto que estão cansados, querendo logo chegar em casa, pois a missão está no seu término. Esses são as almas antigas (simbolizados pelo primeiro número 11) que carregam grande conhecimento e sabedoria e chegaram a Terra para implantar o novo. Já as almas jovens (simbolizados pelo segundo número 11) vieram ansiosas para executar o que foi implantado pelas almas antigas que algumas optaram permanecer para auxiliar as almas jovens.

Podemos reconhecer as almas mais velhas naqueles que falam muito do passado, procuram realizar suas tarefas em âmbitos comunitários, no ensino, na história, naqueles que nunca se arriscam, preferindo sempre tudo que é mais tradicional. As almas jovens, no entanto sentem-se incompreendidas, são impacientes, cheias de entusiasmo, preocupando-se com o futuro, com a execução de suas ideias e podemos encontra-las envolvidas com as artes, geometria, ciências, etc.

A ABERTURA DO PRIMEIRO GRANDE PORTAL

A preparação cósmica para esse grande evento estava feita. Só restava reunirem pequenos e grandes grupos, parte dos nascidos em outras estrelas, que firmemente ancorados na Unidade, criassem condições energéticas durante 24 horas por todo o Planeta Terra. E assim foi feito na data escolhida por Arcanjo Miguel: 11 de janeiro de 1992. Iniciava-se um novo momento na Terra. Com as energias interdimensionais, movendo a espiral da Consciência da Unidade, houve a coligação vibratória entre Órion e a grande pirâmide no Egito (nela contém a chave de nossa viagem de volta para casa) e lá em Gisé nasceu um vórtice Mestre de luz que gerou outros vórtices a iluminar no Planeta Terra.

SÃO 11 OS PORTAIS DE ARCANJO MIGUEL

À medida que novos Portais se abrem, novas energias interagem no Planeta e a mente consciente humana vai assimilando novos padrões vibracionais, promovendo patamares de esclarecimentos, compreensão e evolução, sutilizando a matéria densa, ativando a mente superior, aproximando dessa forma a criatura ao Criador, ou seja, unindo-se à fonte geradora perfeita.

O Portal 11:11 estará aberto até o final do ano 2011, que coincide com o fim de um ciclo do calendário Maia para o alvorecer de uma sincronização galáctica. Até lá, durante esse período terrestre teremos a oportunidade de passarmos através de 11 Portais de energias cósmicas de níveis de alta consciência. A cada Portal atravessado entra-se numa nova faixa vibracional. É assim como uma viagem de trem que vai de estação em estação chegando cada vez mais perto do seu destino. E cada um de nós, de acordo com a sua própria evolução, toma o trem em diferente estação, mas com certeza, chegaremos todos juntos! (O que pode acontecer é que alguns que estão nos primeiros vagões aqueles que já atravessaram alguns Portais e já se encontram dentro de uma faixa vibratória de energia mais pura e consciência mais elevada) podem ter uma deficiência de comunicação com aqueles que se encontram nos últimos vagões que ainda vibram nos padrões da dualidade e da separação.

Ao sermos iniciados em novos Portais Interdimensionais gradativamente vamos mudando também os nossos valores internos e ao vibrar numa faixa vibracional mais elevada, o visível torna-se invisível e o invisível cada vez mais visível e assim passamos sem perceber ou despercebidos em várias situações desagradáveis. Se tomarmos como exemplo duas pessoas passeando juntas numa avenida movimentada, uma vibrando serenidade e outra preocupada ou irritada, o que acontecerá é que a primeira perceberá as belas construções, o dia bonito, as coisas sutis e trocará sorrisos para pessoas que estão no mesmo nível vibratório. A segunda, no entanto, só “verá” as mazelas nas ruas e atrairá para si pessoas e fatos não tão bem qualificados.

OS PORTAIS 11:11 JÁ ABERTOS

Os 9 primeiros Portais já foram abertos:

O primeiro em 11.1.1992, cujos Cilindros Mestres da ativação da Unidade foi na Grande Pirâmide Gisé no Egito e em Queenstown na Nova Zelândia;

O segundo em 5.6.1993 no Equador ativando o Amor Verdadeiro;

O terceiro em 17.5.1995, 17.8.1995 e 12.10.1995, respectivamente em Montana nos Estados Unidos, Slovenia e Queensland na Austrália, ativando O Amor em uma Só Consciência;

O quarto em 11.8.199 no Taiti, ativando o Labirinto interno de cada um;

O quinto em 19.10.2002 na Big Island no Havaí ativando a Liberdade Individual.

O sexto em 29.5.2004 em Dingle na Irlanda

O sétimo em 30.10.2004 em Udaipur no Estado de Rajastãn, na Índia, vendo o invisível

O oitavo Portal foi aberto em 2 etapas: a primeira abertura deu-se em 11.2.2007 na Ilha Majorca na Espanha, “Despertando o Coração de Lótus -entrando no Mundo de Lótus” e a segunda abertura em 5.6.2008 no Lago Titicaca (Perú-Bolívia), ativando o Amor Verdadeiro na Essência, dentro do Mundo de Lótus.

O nono Portal foi aberto em 26.11.2010 – O Emergir do ser verdadeiro – Bali, Indonésia.

Cilindros Mestres são locais altamente energéticos que quando ativados se coligam com outros pontos energéticos do Planeta formando uma rede de malhas que cruzam as energias proporcionando a criação de novos focos de luz.

O MUNDO DE LÓTUS

O Portal interdimensional que despertou o Coração de Lótus, nos deu a oportunidade de entrarmos no Mundo de Lótus, o reino do puro Amor Verdadeiro. O Coração de Lótus representa nosso novo corpo emocional que reside dentro de uma realidade maior.

É o nível de um elemento adicional do cumprimento dos nossos sonhos mais ousados e assim galgarmos mais um passo gigantesco na nossa missão voluntária individual e coletiva, aqui na Terra, cada um cumprindo a sua parte, para juntos co-criarmos este momento mágico de tantas transformações que veem ocorrendo na nossa amada Mãe Terra e em nossas vidas, para que haja a nova Idade de Ouro á partir do ano 2.012.

O coração de Lótus é a nossa estrutura, nossa nova fundação. Todos nossos esforços futuros, nossas co-criações, serão construídos sobre esta nova estrutura, mais sublime, mais sutil, mais pura. Isto é entrar no mundo de Lótus. É sentir um amor mais forte, mais real do que qualquer tipo de amor que tenhamos conhecido até então. Ao adentrarmos em consciência no 8º Portal, conectamos com as pessoas do nosso futuro, é a conexão com os lugares corretos e na hora certa.

Nossa nova estrutura interna foi criada através da ativação da primeira etapa de abertura do 8º Portal 11:11: – “O Despertar do Coração do Lótus”. O Coração do Lótus é o centro dinâmico da nossa nova estrutura que somente pôde ser criada com integridade constante e o mais profundo nível de comprometimento, abertura e amor, para que fossemos reais e verdadeiros como nunca antes.

Durante este tempo terrestre entre as duas ativações do 8º Portal, fomos e continuamos a ser diligentemente filtrados através de nossos seres, purificando qualquer resíduo expirado do passado.

Continuamos curando nossas emoções e removendo todas as crenças baseadas na dualidade.

Isso fez com que o Mundo do Lótus se movesse do reino do Tempo Certo – do Lugar Certo. E foi é apenas o começo….

Neste momento estamos nos movendo para além do mapa do conhecido, ocasionando mudanças essenciais nos núcleos celulares. Ao mesmo tempo criamos um novo corpo emocional e o coligamos ao centro dinâmico dessa nova estrutura que nos possibilita a realização dos sonhos mais ousados em níveis de comprometimento conosco mesmo de sermos reais e verdadeiros.

Assim que adentramos ainda mais no Mundo de Lótus, atingimos o ponto culminante onde não há mais volta e penetramos numa nova matriz. Por estarmos em um lugar totalmente novo, nada poderá mais ser do jeito que costuma ser. É a nossa mudança de hábitos, atitudes e de postura interna.

Ao alinharmos com essa nova energia rompemos o limite da dualidade que mantinham separados todos aqueles elementos internos e externos que tem como destino ficarem juntos, em sagrada união. Tudo se torna mais sagrado. É assim como uma represa que se rompe e mergulhássemos em correntes poderosas de um rio de energias de amor e de paz e tudo o que não for necessário em nossas vidas cada vez vai ficando mais nebuloso.

Agora já podemos servir a Unidade e ao mesmo tempo realizarmos nossos mais profundos objetivos e ideais pessoais.

Entretanto, antes que possamos entrar completamente no Mundo do Lótus, temos que passar por uma Faixa de Distorção, o brilhante sistema de filtragem do Mundo do Lótus. A Faixa de Distorção traz para superfície tudo o que é impuro e falso, de forma amplamente aumentada e muitas vezes distorcida.

PREPARANDO A BAGAGEM DA SUA VIAGEM PELO 11:11

Se você chegou neste ponto da leitura e, sobretudo se o número 11 se faz presente no seu cotidiano, ou ainda, se ele lhe é particularmente atraente, é chegada a hora de tomar uma decisão e ouvir a voz da sua família estelar que reclama sua ausência. Prepare sua bagagem com discernimento: basta boa vontade e pureza de alma.

Porém alguns itens vão lhe auxiliar na sua viagem cósmica: o seu mantra e seu mudra que lhe recordarão seu nome estelar. Eles serão de grande valia para você reconhecer sua Família Estelar e conectar-se com a Unidade.

O seu Mantra e seu Mudra são as suas expressões pessoais da manifestação da Unidade e podem traduzir a sua história, quem você é e de onde veio. Quanto ao nome estelar, ele sempre é incomum e vem a memória intuitivamente a qualquer momento, basta pedi-lo. Ele poderá vir durante esta leitura, em sonho ou quando acordar. Aqui vai um exercício que pode auxilia-lo a “lembrar” seu nome cósmico:

1) Em pé, abra os braços como estivesse segurando uma grande bola;

2) Mova um arco íris de luz que sai da mão esquerda, sobe pelo braço, passa pelo coração, sobe pelo braço e mão direita, passa para a cabeça atravessando o cérebro e retorna na mão esquerda. É um perfeito círculo de luz se movendo. Lembre-se você não se move, o que move é a energia.

3) Repita alguns sons que vão surgindo intuitivamente, tais como Aaaaa, Raaaa, Souuu, etc.

4) Continue repetindo ora unindo as sílabas, ora invertendo-as.

É possível que você tenha um nome composto. Não brigue com sua intuição, quando seu nome chegar você não terá dúvidas porque não vem da mente criativa, mas sim da memória celular. Se você recusa-lo com certeza insistirá no seu ouvido interno ou em sua mente como um pisca-pisca intermitente. E quando recordar ao pronuncia-lo diga EU SOU ….e você se sentirá envolvido por um campo magnético de energias vibrantes e rodeado de entes muito queridos.

ALINHAMENTO ESTELAR

Vamos agora recordar o mantra e o mudra pessoal fazendo uma meditação muito poderosa que se chama Alinhamento Estelar:

1) Em local tranquilo e em pé, inspire e expire profundamente três vezes e visualize acima de sua cabeça uma estrela de 5 pontas de luz dourada. Levante os braços e sinta essa estrela entre suas mãos, pulsando, vibrando.

2) Busque de dentro da estrela dourada um punhado de estrelinhas douradas e traga-as até o chacra coronário, no topo da cabeça. Ao contar seu coronário, as estrelinhas derretem-se.

3) Essa energia agora líquida, entre suas mãos, penetra pela sua cabeça preenchendo-a de luz dourada e escorrendo por todo o corpo físico. Use as mãos para conduzir o líquido dourado da cabeça aos pés.

4) Levante seus braços e busque mais estrelinhas dentro da estrela dourada, derreta-as no topo da cabeça e conduza o líquido pelo corpo quantas vezes for necessário até que todos átomos, moléculas, células, órgãos, ossos, nervos, corrente sangüínea, enfim até que seu corpo esteja completamente preenchido de luz dourada.

5) Levante os braços e busque da estrela dourada acima de sua cabeça duas estrelinhas e leve-as diretamente uma para cada pé. Balance um pé, depois o outro e sinta a energia fluindo.

6) Levante os braços novamente e busque mais duas estrelinhas, uma para cada mão. Balance-as e sinta a energia se estendendo através delas.

7) Agora busque mais um punhado de estrelinhas e conduza-as diretamente para as costas, nas omoplatas e, somente aí que as estrelinhas derretem-se. Lentamente abra os braços e sinta a energia se expandindo por todas as direções. Essa circulação de freqüência de luz são como asas. São seus pontos de equilíbrio.

8) Vire seu corpo de um lado para outro, perceba como você é maior do que imagina. Sinta a sensação de Liberdade.

9) Levante seus braços outra vez e busque uma única estrelinha de dentro da estrela dourada e coloque-a diretamente no seu chacra cardíaco, no centro do peito. A estrelinha no seu peito brilha, brilha, brilha cada vez mais, emitindo um forte raio de luz dourada.

10) Vire de um lado para outro, permitindo que o seu raio e luz dourada toque nos raios de luz de outras pessoas presentes ou não. E assim todos os raios se encontram, sobem unindo-se e formam a grande Estela da Unidade.

11) Mantenha seus olhos fechados, visualize e admire a Estrela Dourada da Unidade. Levante os braços em direção a ela, assim como se quisesse alcança-la.

12) Agora lentamente, muito lentamente, vá baixando os braços, deixando que suas mãos se movimentem suavemente em gestos simples. Repita algumas vezes esse movimento, pois esse é o seu Mudra.

13)Continue fazendo seu Mudra e a senti-lo. Inspire profundamente e ao expirar emita sons intuitivamente. Esse é seu Mantra que ao pronuncia-lo o conecta com a Unidade, colocando você bem mais perto da sua família estelar.

OBS.: Você poderá fazer esse exercício só ou em grupo.

GO (VÁ)!

Este exercício nos proporciona a manutenção do equilíbrio, com os pés no chão, focado, bem alinhado a integrar-se com as novas energias e ao mesmo tempo mantém o coração aberto.

Em pé:

- Respire profundamente e coloque seus braços para baixo, ao lado do corpo.

- Visualize sob seus pés o Planeta Terra e no centro do Planeta uma grande e brilhante estrela.

- Agora vigorosamente envie sua energia para baixo, para a estrela no centro da Terra. Faça isso até sentir que está plenamente aterrado e ancorado aí. (faça uma pausa)

- Levante seus braços o mais alto possível. Estique-os o máximo que possa.

- Visualize acima de você uma belíssima estrela dourada. É a estrela da Unidade. Então traga para si, com as mãos, um raio dessa estrela e puxe-o para baixo, através de si e ao longo de todo seu corpo até chegar à estrela do centro da Terra.

- E assim, transforme-se num enorme pilar de luz.

- Agora pressione firmemente as palmas de suas mãos, uma contra a outra. Com essa pressão, faça com que todas as concepções distorcidas do amor que você aprendeu durante seu tempo na Terra sejam espremidas e expulsas. Livre-se da raiva, da tristeza, das magoas, até que só reste a mais pura essência com Verdadeiro amor.

- Lentamente, mas muito consciente, abra as mãos em posição de doação, permitindo que essa essência de amor elevado se expanda. Seus braços então se abrem para os lados e palma das mãos voltadas para frente.

- Diga para si mesmo em alta voz: VÁ!

Volte à posição normal e respire mais uma vez profundamente, pois nossos irmãos de outras estrelas se aproximam ainda mais e todo nosso ser vibra com novos padrões interdimensionais nas irradiações de outras dimensões, de outros sistemas Planetários e Solares.

O ENCERRAMENTO DO PORTAL 11:11

O último Portal, o 11o., será aberto no final de 2011, quando todos os Portais 11:11 fecharão suas Portas definitivamente.

Mas para que isso fosse possível, houve muitas preparações com ativações planetárias que culminou com o eclipse solar em 1991, quando a Terra, Lua e Sol se alinharam possibilitando que a energia de Hélios e Vesta pudesse penetrar em cada átomo terrestre e consequentemente na consciência coletiva da humanidade e, a exatamente 180O. da sua ocorrência (6 meses após) em 11 de janeiro de 1992 houve o grande momento cósmico da Abertura do Portal 11:11.

O CHAMADO CÓSMICO AINDA CONTINUA

Juntos temos muito a realizar. Na realidade, nós os nascidos em outras estrelas, somos âncoras de luz aqui no Planeta Terra. Assim que você responder ao chamado da sua família cósmica e despertar para novos padrões de consciência, anfitriões celestiais lhe aguardam (presenças essas nem sempre vistas, mas sempre sentidas) e você logo irá perceber uma mudança radical em sua vida nos planos internos e externo, no processo de reestruturação celular, mas sobretudo, saberá que você nunca esteve só!

Olhe para o céu. Cada vez mais as estrelas sinalizam para aqueles que querem “ver”.

A escolha é sua! Arcanjo Miguel em nome da Vontade Divina, numa dispensação quântica junto com suas Legiões de Luz formou um único Conselho Crístico do qual participam igualmente todos os membros da Grande Fraternidade Branca Universal para que fossem abertos Portais Estelares Multidimensionais para que cada filho de diversas estrelas em missão na Terra possa acelerar o seu respectivo processo de evolução e voltar à origem divina, conscientemente, ainda nesta encarnação rumo a Maestria e Ascensão.

Nós e Arcanjo Miguel estamos lhe aguardando …

Fonte: www.dopranaluz.blogspot.com

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Dicas Práticas_Limpeza Estratégica para a Casa

Crie um cronograma realista, tendo em mente que um único fim de semana não será suficiente, pois você vai precisar de alguns dias para projetos como a lavagem tapetes e organização de armários.

Antes de começar, separe um saco, sacola ou caixa para armazenar os itens de doação e deixe num local onde toda a família possa depositar os objetos que serão descartados como roupas, utensílios domésticos, brinquedos e outros itens que você decidir doar. Quando o saco ou caixa estiver cheio, basta levar o conteúdo para uma instituição de caridade local.

Banheiros:
□ Descarte produtos vencidos como cosméticos, produtos de beleza e medicamentos.


Quartos:
□ Lave e seque os cobertores e edredons. Guarde-os limpos para o próximo outono/inverno. Se for lavá-los em casa certifique-se que estejam bem secos antes de guardar no armário para evitar mofo. Se forem higienizados na lavanderia, retire o saco plástico antes de guardá-los no armário. Se desejar guarde cobertores e edredons em sacos à vácuo para manter afastados insetos, poeira e sujeira.
□ Substitua as roupas de cama de frio por um enxoval mais leve e apropriado para a estação.

Armários:
□ Reorganize os armários descartando itens indesejados (Amanhã teremos dicas para reorganizar o armário).
□ Substitua as roupas de frio, pelas roupas de calor.

Home-Office:
□ Limpe os arquivos.
□ Revise e atualize apólices de seguros e contratos.

Cozinha:
□ Limpe o interior do freezer e geladeira.

Sala:
□ Troque as cortinas pesadas, tapetes, mantas e almofadas. Substitua por peças mais leves e apropriadas para a estação.

Espaços Externo:
□ Limpe as calhas.
□ Limpe peças externas como bancos e toldos.
□ Verifique a manutenção de móveis externos, telhado, paredes, varanda, pátios, entrada da garagem e calçadas.

Depósitos, dispensa, etc:
□ Limpe depósito, dispensa, sótão, etc e doe ou descarte itens indesejados.

Em toda a casa:
□ Limpe janelas e luminárias
□ Verifique as dobradiças das portas e janelas e aplique óleo (WD40) se necessário.
□ Envie os tapetes para serem limpos por um profissional ou use uma escova macia com vinagre para fazer a higienização dos mesmos.

Lembre-se: foco em uma tarefa de cada vez. E não se esqueça de pedir a ajuda de membros da família.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Interessante não?!?_Parque do Flamengo


Vista do Parque do Flamengo
Foto Claudia Girão

“Acreditamos que vivemos, hoje, no Brasil, período equivalente ao da revolução modernista de 1922, só que determinado por causas mais profundas. Foram também razões de natureza econômica e política, vale dizer cultural, que determinaram, naquela época, a redescoberta da realidade brasileira pelos artistas. Mas, desta vez, devido às características mesmas do tempo, essa redescoberta se faz menos em termos literários do que humanos, menos em termos estilísticos do que políticos. O País redescobre, não a sua realidade lírica, mas a sua realidade social dramática. Não se trata, nesse sentido, de uma operação estética, mas ética, e a urgência da justiça social já se tornou o conteúdo da arte em vários campos da atividade expressiva no Brasil de hoje”.

Ferreira Gullar, 1963 (1)

Enquanto Ferreira Gullar escreve estas palavras, constrói-se o Parque do Flamengo, obra de modernistas, cuja beleza plástica se multiplica quando se conhece seu cunho social, razão pela qual foi criado. A análise do caso da marina do Parque insere-se nestes pressupostos, envolvendo fundamentos éticos ― e estéticos ― que não devem ser esquecidos ou relativizados.

1. Essência e preservação

Rio, década de 1960. A cidade se prepara para comemorar seus 400 anos de fundação. Destaca Hélio Vianna, em 1964 (2):

“A maior e mais notável transformação urbana do Rio de Janeiro quadricentenário será, entretanto, o aproveitamento, como grandioso parque, do imenso aterro de 1.200.000 metros quadrados, marginado de praias artificiais, resultante do desmonte do Morro de Santo Antonio. De Santa Luzia à Glória, Russel, Flamengo, Morro da Viúva e Botafogo, teremos uma orla marítima única no mundo, diante do panorama da entrada da baía de Guanabara. Ali, onde o Museu de Arte Moderna e o Monumento aos Brasileiros Mortos na Segunda Guerra Mundial também afirmam a nova fase da arquitetura e da escultura brasileiras, os jardins e arvoredos do arquiteto-paisagista Roberto Burle-Marx urbanisticamente mostrarão que a cidade de Estácio de Sá continua fiel ao seu destino, engrandecendo-se sem prejuízo de suas belezas naturais”.

A associação de idéias de Hélio Vianna é clara: Parque, quarto centenário da cidade, entrada da barra. Segundo a historiografia oficial, para combater tamoios e franceses estabelecidos na costa entre o Morro da Viúva e a Ilha de Villegaignon, Estácio fundara o primeiro povoado no Morro Cara de Cão (1565), após aportar na Praia de Fora, “ao pé de um penedo, que se vai às nuvens, chamado o pão de Açúcar” (3), este o principal referencial geográfico para a navegação na chegada ao Rio de Janeiro. Fora também em uma praia defronte ao Morro da Urca que alguns historiadores afirmam ter fundeado Martim Afonso (1531).

Obras da natureza vinculadas culturalmente à fundação e formação da cidade, esses montes de contorno marcante, cujo valor histórico e artístico fora assinalado no tombamento em conjunto (1938), também foram objeto de tombamento individuado por seu valor paisagístico (1973), requerido pelo paisagista Roberto Burle Marx e por abaixo-assinado da artista plástica Djanira e dos escritores Carlos Drummond de Andrade, Fernando Sabino, Austregésilo de Athayde, Luiz Antonio Villas-Boas Corrêa e Marques Rebelo, dentre outras personalidades preocupadas com eventual desfiguração.

Ao defender o tombamento paisagístico desses morros, o escritor e incansável pesquisador Gilberto Ferrez começou seu parecer destacando: “Parece inacreditável que tenhamos que alinhar dados e fatos para provar a necessidade do tombamento do Pão de Açúcar – o símbolo de nossa maravilhosa cidade. Não só o símbolo mas o marco, a baliza histórica da entrada da mais bela baía do mundo, desde a sua descoberta até hoje e sempre” (4).

O Parque do Flamengo foi criado em associação com esse panorama.

Obra memorável do urbanismo moderno brasileiro, o Parque projetado a partir de 1961 foi inaugurado simbolicamente em 1964, no dia da criança, e reinaugurado oficialmente em 1965, pelo Governo do Estado da Guanabara, como parte das comemorações do quarto centenário da cidade. Foi tombado pelo IPHAN nesse mesmo ano, em sessão do Conselho Consultivo de que participaram, dentre outros, Afonso Arinos de Mello Franco, Alfredo Galvão, Gilberto Ferrez, Josué Montello, Manuel Bandeira e Pedro Calmon. Desde o início, este parque público impregnou-se no imaginário carioca como espaço de atividades lúdicas em paisagens entrelaçadas com o panorama da fundação e primeiros anos da cidade ― a entrada da Baía de Guanabara com o promontório e morro do Pico, em Niterói, e a ilha da Laje e o conjunto dos morros Cara de Cão, Urca e Pão de Açúcar, no Rio.

A relação geográfica e simbólica do Parque com tal panorama sempre foi óbvia. O historiador da modernidade Yves Bruand, que residiu no Brasil entre 1960-1969, se refere ao objetivo de, na área de aterro, “oferecer à população um parque magnífico, pontilhado de monumentos dignos do local extraordinário onde seria criado” e também alude à paisagem ao examinar a arquitetura do Museu de Arte Moderna (1954-1967), projetado por Affonso Eduardo Reidy, e do Monumento aos Mortos da Segunda Guerra, de Hélio Ribas Marinho e Marcos Konder Netto (5).

Sobre o MAM, Bruand observa que o partido adotado “Permitia, inicialmente, a transparência completa do edifício e evitava cortar a esplêndida paisagem da Baía por um obstáculo que não podia ser penetrado pelo olhar; no caso, o respeito pelo panorama e a integração da arquitetura nele eram as qualidades primordiais de sua composição válida”. Sobre o Monumento aos Pracinhas, diz Bruand: “Estes [Ribas Marinho e Konder Netto] conseguiram tirar um proveito notável do programa complexo e do local excepcional que lhes foram propostos. Eles respeitaram ao máximo a paisagem, esforçando-se para não cortar o panorama com um anteparo opaco e conseguiram integrar a arquitetura ao contexto natural, sem prejudicar sua personalidade própria: a dominante horizontal das cadeias de montanhas que encerram a Baía e os contrapontos bruscos feitos pelos célebres pães-de-açúcar semeados nelas inspiraram o ritmo da composição [...]; então, chega-se facilmente a um compromisso, tanto com a natureza, quanto com o ambiente urbanístico, onde se impõe o estilo muito próprio dos edifícios de Reidy associados aos jardins de Burle Marx”.

Esta parte tão valorizada da orla marítima brasileira é, constantemente, alvo de propostas especulativas. Assim, Maria Carlota de Macedo Soares ― de quem partiu a idéia de criar um parque público semelhante ao Central Park no aterro carioca (onde antes haveria apenas autopistas), e a responsável por convencer o governador Carlos Lacerda a construí-lo ― também convenceu Lacerda a pedir o tombamento federal do Parque. Iniciado o processo de tombamento, o diretor do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rodrigo Mello Franco de Andrade, solicitou ser juntado aos autos do processo o projeto geral do Parque e recebeu correspondência de Lota de Macedo Soares (6) com as seguintes palavras, transcritas depois pelo Conselheiro-Relator Paulo Santos, em seu Parecer favorável ao tombamento, acolhido por unanimidade pelo Conselho Consultivo da DPHAN:

“Pelo seu tombamento o Parque do Flamengo ficará protegido da ganância que suscita uma área de inestimável valor financeiro, e da extrema leviandade dos poderes públicos quando se tratar da complementação ou permanência de planos. Uma obra que tem como finalidade a proteção à paisagem, e um serviço social para o grande público obedece a critérios ainda muito pouco compreendidos pelas administrações e pelos particulares”.

O tombamento paisagístico (7) realizou-se com o Parque quase completo e abarcou expressamente uma faixa marítima de 100 metros em toda a sua extensão marginada de praias de areias e pedras. Para assegurar que a obra não seria desvirtuada e possibilitar a correta execução dos poucos equipamentos e jardins que faltavam, o Plano Geral do Parque, constando da Planta Geral, relação de 46 itens do programa, e projetos de pavilhões (8), foi juntado aos autos do processo de tombamento como anexo do Parecer do Conselheiro-Relator Paulo Santos (9).

Parque do Flamengo, delimitação de tombamento

Paulo Santos, além de enumerar, no fim de seu Parecer, os itens integrantes do programa, enfatiza o caráter do tombamento ao esclarecer que toda edificação no Parque do Flamengo limita-se ao que está previsto na Planta Geral de 1965 e mesmo os pavilhões previstos devem ser condicionados pela contenção, sendo tais parâmetros de preservação cultural estabelecidos, portanto, desde o tombamento (10). Em 1988, considerando a inserção, pela municipalidade, de construções precárias e irregulares no Parque e as numerosas propostas de intervenção, o Conselho Consultivo da SPHAN delibera que todos os projetos referentes ao Parque do Flamengo sejam submetidos ao Conselho (11). Na mesma Reunião, o Conselheiro-Relator Gilberto Ferrez apresenta ao Conselho seu Parecer aprovado por unanimidade, referente a quatro propostas de intervenção, e explicita, para não deixar margem a qualquer dúvida, a condição estabelecida por ocasião do próprio ato do tombamento: salvo as construções previstas, toda a área é non aedificandi (12). Tal condição não edificável do Parque é lembrada dez anos mais tarde pelo Conselheiro Italo Campofiorito, em declaração de voto, de acolhida unânime, contrário ao anteprojeto de revitalização da marina da Glória então apresentado ao IPHAN (versão 1997) (13).

Criado pelo Grupo de Trabalho para a Urbanização do Aterro (1961-1965) e com execução pela Sursan, o Parque contou com colaborações de peso (14). O Grupo era presidido pela intelectual Maria Carlota de Macedo Soares e chefiado pelo arquiteto e urbanista Affonso Reidy (que já projetara o MAM), autor do traçado e de vários projetos arquitetônicos, e dentre os profissionais contratados destacam-se o arquiteto-paisagista Roberto Burle Marx na criação dos jardins, Alexandre Wollner na programação visual e Richard Kelly na iluminação ― o último, mandado trazer dos Estados Unidos por Lota, que também solicitou a vinda, de lá, da premiada educadora brasileira Ethel Bauzer Medeiros para integrar o Grupo; afinal, a intenção era criar um parque de caráter recreativo e educacional, com profissionais prestando orientação pedagógica às crianças nos pavilhões dos playgrounds e organizando brincadeiras e roteiros educativos (15). O programa abarca ARTES (MAM), CIVISMO (Monumento aos Pracinhas), NATUREZA (Jardins, Pavilhão de Flores, Aquário, Aviário, Enseada, Praia), LITERATURA (Biblioteca), ESPORTES (Playgrounds, Campos de peladas, Quadras, Clubes Náuticos) e RECREAÇÃO (Brinquedoteca, Aldeota, Pavilhão Japonês, Coreto, Pista de Danças, Teatro de Fantoches e Marionetes, Pistas de Aeromodelismo, Tanque de Modelismo Naval, Área de Piquenique, Praia). Estimula-se a caminhada a pé, além dos passeios de trenzinho (pistas do trenzinho) e em barcos a vela que podem atracar (píeres na enseada). São previstos dois restaurantes, os únicos permitidos no Parque: um no MAM (interior do edifício), outro próximo à praia na altura do Morro da Viúva (item 40, erguido nos anos 1970 sob projeto de Marcos Konder Netto).

Morros de Niterói e entrada da barra, foto tomada da praia do Flamengo, 2008
Foto Claudia Girão

A criação do Monumento a Estácio de Sá pelo arquiteto e urbanista Lucio Costa ― que demorou quase uma década para atender ao convite feito por Lacerda de erguer ali um monumento para o quarto centenário ― assinalou simbólica e materialmente a indissociável relação do Parque com o panorama da fundação do Rio: o obelisco é uma seta apontando para a Praia de Fora, onde Estácio fundou a cidade de São Sebastião que viria a ter uma flecha em seu brasão, referência ao padroeiro da cidade, morto a flechadas assim como o seria o próprio Estácio.

Pão de Açúcar, foto tomada das proximidades do Monumento a Estácio, 2006
Foto Claudia Girão

O trevo de quatro folhas, ícone dos 400 anos do Rio criado por Aloísio Magalhães, foi materialmente desenhado no trevo viário construído no trecho inicial do Parque, logo após a praça Senador Salgado Filho, cujo projeto paisagístico, como os jardins de Botafogo, era também de Burle Marx. A intenção do paisagista, ao criar jardins contínuos entre o Aeroporto Santos Dumont e o Morro do Pasmado, também era propiciar um extenso jardim aberto para o panorama da Baía e dos morros. Ampliava-se, assim, o conceito da avenida Beira-mar do início do século 20, de emoldurar sem obstáculos um panorama que mesmo o remodelador Pereira Passos soube respeitar.

Conjunto do Pão de Açúcar, entrada da barra e Baía da Guanabara, foto tomada trecho inicial do Parque, 2005
Foto Claudia Girão

Não bastasse sua importância, a priori, como espaço público em consonância com o panorama de fundação do Rio, o Parque foi concebido segundo um planejamento urbano notável e ainda hoje é o maior parque à beira-mar do mundo. Há, ali, lugar para o silêncio: contemplação, inspiração criativa, o simplesmente estar em meio à paisagem; há lugar para atividades lúdicas de recreação e lazer e há lugar para a finalidade educativa pensada originariamente. Tudo isto se rege por um fio condutor coeso, que lhe confere unidade. Sob o aspecto funcional, tais atividades, embora diferenciadas, inter-relacionam-se urbanisticamente mediante meticuloso estudo de massas arquitetônicas e ajardinadas; sob o aspecto formal, integram-se, em um mesmo vocabulário plástico, traçados, construções, jardins e projetos complementares.

Vegetação variada, 2008
Foto Claudia Girão

Abricó-de-macaco, espécie recorrente como as várias palmeiras, 2006
Foto Claudia Girão

Além da presença de elementos tipicamente brasileiros, como avarandados e pátios, consolidando sem arcaísmos um sentido de continuidade, referências formais a mar, montanha e floresta materializam de modo admirável o conceito de harmonia com a identidade paisagística e cultural carioca. Neste sentido, há, nos traçados, alusões biomórficas a formas da natureza e paisagens relacionadas à cidade, sobretudo relevo, ondas do mar, flora, fauna e figuras humanas, além das proto-estruturas amebóides – conhecidas como espontaninho – características do modernismo. Basta observar, do alto, o Trevo de quatro folhas com caule, ramos e raízes formados pelas vias expressas e suas transversais em toda a extensão do Parque, ou divisar a forma estrelada do Coreto, a estrutura essencial de uma concha na Pista de danças e de um caracol na Brinquedoteca, o ‘tubo’ das ondas na cobertura do Pavilhão Japonês e a forma serpeante do jardim alongado conhecido como ‘minhocão’. Ou perceber, ainda, o desenho ondulado da calçada de Copacabana nos caminhos e canteiros dos jardins formais do MAM e do Restaurante; a imagem refletida do Pão de Açúcar no contorno em curvatura do Parque circundando o morro da Viúva; a alusão a outras formas no traçado de jardins e caminhos em pedra portuguesa e saibro e a própria ondulação da linha costeira da Baía de Guanabara que se enrosca como Enseada da Glória formando outros desenhos associados ao mar – caracol marinho, peixe, onda, barco – e é toda marginada por praias de areias e pedras e por uma praia de banhos, a praia do Flamengo. As alusões biomórficas estendem-se aos altos postes de iluminação que, à noite, proporcionam o efeito de luar e durante o dia têm sua sombra projetada no solo mostrando sua forma de flor.

Maquetes do Coreto, da Pista de Danças, do Pavilhão do Playground Flamengo (Pavilhão Japonês), do Pavilhão do Playground Morro da Viúva (Brinquedoteca) e do Teatro de Marionetes
Fotos divulgação [Módulo n. 37, 1964]

Victor Vasarely, fundador da Op-Art, também fez essa associação de morros cariocas, calçada de Copacabana e Baía de Guanabara como imagem da Amérique du Sud na pintura (1946) de um cartaz publicitário da Air France que se tornou famoso (16).

Não se pode deixar de perceber a intenção plástica de se produzir efeito pictórico tridimensional na composição deste parque urbano em meio à paisagem marcante e pitoresca da Guanabara, tema de inúmeras representações depois de abertos os portos da cidade (1808). Salvaguardá-lo tem sido uma das preocupações ao longo dos anos, pois sempre surgiram propostas de inserção de construções não previstas e de ampliação de áreas e de atividades constantes do programa, mediante a apropriação de jardins – canteiros, largos, caminhos e demais espaços ao ar livre. Como apontou Lota, o Parque era (e ainda é) uma obra de caráter social pouco compreendida pelas administrações públicas e por particulares.

Coreto e Pista de Danças na década de 1960 / Pavilhão Japonês antes de 1967
Fotos divulgação [FERRAZ, Marcelo Carvalho (org.). Affonso Eduardo Reidy / BRUAND, Yves. Arquitetura moderna]

Não se trata somente de preservar a composição dos jardins, a criação de áreas de luz e sombra intencionais, a circulação de ventos na costa ou a função vital e espiritual das chamadas áreas naturais, cuja importância é hoje reconhecida pelos organismos internacionais e nacionais de preservação e pela sociedade brasileira. Os grandes espaços abertos e descobertos são o lugar da organização de atividades, definindo roteiros para percursos e percepção da paisagem. Constituem áreas de convivência coletiva e uso compartilhado integrantes do Plano original. De modo geral, os espaços urbanos abertos nas cidades são essenciais para a percepção da tridimensionalidade da paisagem que integram. No Plano do Parque do Flamengo, os grandes espaços abertos constituem elementos ainda mais importantes, pois além de sua inter-relação com as formas arquitetônicas e vegetais projetadas, ‘abrem’ para o espelho d’água da Baía e Pão de Açúcar ao fundo, sendo este panorama a referência primordial na disposição de planos e volumes arquiteturais e ajardinados.

Canteiro de jardim em ondas do MAM com o Monumento aos Pracinhas ao fundo, 1968-69 / Jardins com destaque para o canteiro conhecido como ‘minhocão’ na década de 1960 / Trevo dos Estudantes em 1967, em fase final de construção
Fotos Carmen Szabas / autor não identificado / Gilberto Paixão

Tal conceito é uma das bases fundamentais da arquitetura moderna brasileira. Gropius já observou que “o espaço limitado, seja ele aberto ou fechado, é o meio de plasmação da arquitetura. A relação harmônica entre os volumes da construção e os espaços que os limitam ou encerram é essencial para o efeito arquitetônico” e por este motivo “os espaços abertos entre as construções, como ruas, praças e quintais são tão significativos quanto o próprio volume da construção” (17). Os espaços abertos são essenciais para a percepção da tridimensionalidade da paisagem que integram.

Le Corbusier, que, em 1962, passou pelo Rio pela segunda vez (conta Italo Campofiorito, que esteve com ele), era a principal influência de Reidy e autor de conhecidos desenhos sobre a Baía de Guanabara e o Pão de Açúcar; ele destacava a importância da natureza e da percepção tridimensional em uma paisagem constituída “por vegetação ao alcance imediato, por extensões planas ou acidentadas, por horizontes longínquos ou próximos” (18).

Pavimentação de mosaico em ondas junto ao MAM, Brinquedoteca, Teatro de Marionetes em 2008, e postes da iluminação original, em 2006
Fotos Claudia Girão

Nas idas e vindas ao longo do Parque, o Pão de Açúcar, sobretudo, imprime uma atmosfera especial à dinâmica de trajetos e vai-se impondo na paisagem à medida que nos aproximamos da enseada de Botafogo, configurando-se ali, do início ao fim, algumas das mais aprazíveis vistas do Rio de Janeiro, cuja candidatura ao título de Patrimônio da Humanidade, pela Unesco incluindo-se o Parque – é fato já amplamente divulgado.

A escala urbano-paisagística do Parque do Flamengo tem em pavilhões como o Pavilhão Japonês e a Brinquedoteca, de autoria de Reidy, seu melhor exemplo quanto ao volume e implantação. São edificações simples e sofisticadas, onde a pureza do concreto se abre em vazados para propiciar a visibilidade e a integração com a paisagem circundante, com efeito de grande leveza. Há um perfeito equilíbrio na relação entre a escala humana e a paisagem. O partido adotado revela, por si só, a coerência formal com o programa firmado: trata-se de um Parque.

Todas as construções do Parque do Flamengo são térreas e as dimensões dos pavilhões previstos são discretas, conforme indicam as representações em escala na Planta Geral (1965). A altura é maior, certamente, no Museu de Arte Moderna (1954-58) e no Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial (1957-1960), que já haviam sido erguidos na área aterrada. A escala monumental destes dois edifícios de concepção moderna, que se integrariam ao Plano Geral, não seria seguida, intencionalmente, nas construções projetadas especialmente para o Parque.

Os jardins criados por Roberto Burle Marx no Parque do Flamengo são produtos de arte, associando formas vegetais, de florescimento em estações distintas e de variada textura e coloração, a traçados de caminhos, calçadas, composições em seixos e desenhos geométricos em pedras portuguesas. A disposição de volumes, em sua concepção original, oferece recantos mas prioriza, notadamente, a visão desimpedida da paisagem. Na escala urbano-paisagística estabelecida pelo Grupo de Trabalho, a arquitetura e os jardins confluem como valores em perfeita harmonia, formando um todo admirável.

Michel Racine, aliás, já observou: “O mais surpreendente no modernismo brasileiro é que é um movimento-modernista-com-jardim”... (19)

Inscrito no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico do IPHAN, o Parque do Flamengo tem hoje seu valor cultural multiplicado pela própria percepção do sentido desta paisagem material da cidade, tendo em vista seu significado como paisagem cultural e referência etnográfica carioca, espaço coletivo simbólico de sua origem, desenvolvimento e permanência.

As seguintes premissas essenciais, em síntese, norteiam a preservação do Parque do Flamengo a partir do tombamento (20):

  • O tombamento tem por objetivo maior a proteção da paisagem do Parque e das inter-relações simbólicas e visuais com o panorama da Baía de Guanabara e conjuntos de morros cujas vistas dele se descortinam.
  • O tombamento do Parque do Flamengo inclui sua enseada e também a faixa costeira da Baía de Guanabara, abrangida pelo Parque até 100 metros da costa, em toda sua extensão de praias de areias e pedras.
  • À exceção dos itens constantes do Plano original do Parque, não podem ser inseridos, inclusive em suas áreas ajardinadas, quaisquer construções e agenciamentos (pavilhões de diversões, restaurantes, cinemas e qualquer edificação), ou monumentos e instalações de arte (bustos de figuras nacionais, marcos comemorativos, peças decorativas, obras de arte etc.) – inserção que tendo a justificá-la o interesse prático ou cívico das iniciativas, poderia sacrificar irremediavelmente a beleza do conjunto.
  • Os pavilhões previstos no Plano original, erguidos ou por erguer, já representam o máximo que a área do Parque comporta e podem justificar-se menos pela sua finalidade prática do que em razão de conferirem escala urbanística ao conjunto, mas mesmo esta será sacrificada se não houver contenção na distribuição dos valores que a determinaram.
  • Qualquer construção deve ser examinada sob este aspecto da unidade com o todo e não se destacar do conjunto nem desvirtuá-lo.
  • A altura de qualquer construção deve ser considerada em relação ao nível do mar e são vedadas movimentações de terras.
  • Assim como as edificações originais, jardins, enseada, praias e demais espaços abertos são partes integrantes do Projeto do Parque do Flamengo e possuem funções próprias no conjunto, sendo vedadas quaisquer construções, agenciamentos e ações que os destruam, mutilem ou alterem seus traçados e demais características.

Salvo as construções previstas no Projeto original, portanto, toda a área do Parque do Flamengo é non aedificandi.

notas

1
GULLAR, Ferreira. A pintura posta em questão. In: Revista Módulo nº 35/36. Rio de Janeiro: Ed. Módulo, out./dez.1963.

2
VIANNA, Hélio. O Rio de Janeiro de 1952 a 1964, jun. 1964. In: CRULS, Gastão. Aparência do Rio de Janeiro. vol.2. 3ªed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1965. Apêndice 1, edição do 4º centenário.

3
SALVADOR, Vicente do. Historia do Brazil. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, 1889 [escr. ant.1627].

4
FERREZ, Gilberto. Parecer de tombamento do Pão de Açúcar, 14.6.1973. In: Processo n° 869-T-73, Arquivo Central do IPHAN, Rio de Janeiro.

5
BRUAND, Yves. Arquitetura Contemporânea no Brasil. São Paulo, Perspectiva, 1981 [ed.franc. 1971].

6
LACERDA, Carlos, Ofício GGG 1014, ao diretor da DPHAN, pedindo o tombamento do Parque, 27.10.1964 ; ANDRADE, Rodrigo M. F. de, Ofício 1265 à presidente do GT do Parque do Flamengo, solicitando o projeto geral e pormenores, 10.11.1964 ; MACEDO SOARES, Maria Carlota C. de, Carta ao diretor da DPHAN, 3.12.1964. In: Processo n° 748-T-64, Arquivo Central do IPHAN, Rio de Janeiro.

7
Inscrição nº 39 do Livro Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, 28.7.1965, IPHAN.

8
A Planta Geral foi fornecida à DPHAN pelo Grupo de Trabalho entre janeiro e abril 1965, após a ida, ao local, de Paulo Santos, que informa em seu Parecer ter pedido, na ocasião, cópia reduzida da prancha original, “para com facilidade figurar no processo”. Esta Planta Geral – onde há uma etiqueta com o trevo-ícone do quarto centenário e o título “PARQUE DO FLAMENGO” – recebeu no IPHAN a data de “20.IV.1965”, rubricada em caneta azul pelo secretário ad hoc Alfredo T. Rusins e pelo diretor Rodrigo M. F. de Andrade, por ocasião da numeração dos autos do processo, após deliberação do Conselho Consultivo favorável ao tombamento. A mesma data e as mesmas rubricas foram apostas na relação de 46 itens do programa do Parque, enumerados por Paulo Santos. A Planta Geral é a fl.32, e a relação de 46 itens, as fls. 33-34 do Processo nº 748-T-64.

9
Também foram reunidas ao processo cópias de artigos sobre o Parque de duas revistas: Módulo nº 37 e Arquitetura nº 29, respectivamente de agosto e novembro de 1964; as representações gráficas ali reproduzidas ainda estão incompletas.

10
SANTOS, Paulo Ferreira. Parecer de tombamento do Parque do Flamengo (com relação de 46 itens) e documentos anexos (Plano original e 10 desenhos), 7.4.1965. In: Processo n° 748-T-64, Arquivo Central do IPHAN, Rio de Janeiro.

11
Ata e transcrição fiel da 134ª Reunião do Conselho Consultivo. Rio de Janeiro, 19.8.1988.

12
FERREZ, Gilberto. Parecer sobre projetos no Parque do Flamengo, 19.8.1988. In: Processo n° 748-T-64.

13
Ata da 13ª Reunião do Conselho Consultivo. Rio de Janeiro, 14.3.1998.

14
Enaldo Cravo Peixoto arrola todo o Grupo (1964): “Lota Macedo Soares (presidente), Jorge M. Moreira (arquiteto), Affonso Eduardo Reidy (arquiteto), Bertha C. Leitchic (engenheira), Hélio Mamede (arquiteto), Luiz Emygdio de Mello Filho (botânico), Hélio Modesto (assessor de urbanismo), Ethel Bauzer Medeiros (assessor de educação), Magú Costa Ribeiro (assessor de botânica), Flávio de Britto Pereira (assessor de botânica), Alexandre Wollner (programador visual), Carlos Werneck de Carvalho (arquiteto), Cláudio Marinho de A. Cavalcanti (arquiteto), Maria Hanna Siedlikowski (arquiteta), Celso Paciello da Motta (arquiteto), Juan Derlis Scarpellini Ortega (arquiteto), Sérgio Rodrigues e Silva (desenhista), Mário Ferreira Sophia (desenhista), Fernanda Abrantes Pinheiro (secretária) e o Escritório Técnico de Roberto Burle Marx”. PEIXOTO, Enaldo Cravo. Urbanização do Parque do Flamengo. Módulo, Rio de Janeiro, n. 37, ago.1964. Reidy e Mamede também eram do Departamento de Urbanismo do Distrito Federal/DUR.

15
MEDEIROS, Ethel Bauzer. Um milhão de metros quadrados para recreação pública. Revista Arquitetura, Rio de Janeiro, n. 29, IAB, nov.1964.

16
O desenho de ondas via-se também na calçada da avenida Beira-mar, suprimida com o novo aterro iniciado para a construção de quatro vias expressas, reduzidas a duas para propiciar a criação do Parque. Hoje se atribui a inspiração das ondas em mosaico português preto-e-branco à remanescente calçada de Copacabana, junto à faixa de areia. Depois do novo aterro na praia de Copacabana, foram criados, por Burle Marx, a calçada geométrica e os jardins (1970).

17
GROPIUS, Walter. Bauhaus: novarquitetura. 3ªed. São Paulo, Perspectiva, 1977.

18
CORBUSIER, Le. Maneira de pensar o urbanismo. Portugal/Lisboa, Europa-América, 1977.

19
RACINE, Michel. Roberto Burle Marx, o elo que faltava. In: LEENHARDT, Jacques (org.). Nos jardins de Burle Marx. de 1ªed., 2ªtir. São Paulo, Perspectiva, 2000.

20
Com base nos pareceres sobre o tombamento do Parque pelo Iphan, em especial o de Paulo Santos.

sobre a autora

Claudia Girão, arquiteta do Iphan.